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“Dor eternamente profunda”, diz mãe de jovem morta com saco plástico

Polícia Civil do RJ diz que Thalissa Nunes Dourado foi morta na madrugada de 5 de novembro de 2021 em Paraty por colega de quarto

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Thalissa Nunes Dourado
1 de 1 Thalissa Nunes Dourado - Foto: Reprodução/Facebook

A família da designer de moda Thalissa Nunes Dourado, morta aos 27 anos, há quase cinco meses, em Paraty (RJ), luta por justiça e pede a condenação da agente de turismo Vivian dos Santos Lima Tiburtino, indiciada pela Polícia Civil. Segundo a investigação, a jovem foi morta asfixiada com saco plástico na cabeça e com as mãos amarradas pela colega de quarto.

“Até hoje, quase cinco meses depois, a perda da minha filha continua representando uma dor que sei que será eternamente profunda e irreparável. Sinto espiritualmente que ela foi para um lugar iluminado e está sendo bem cuidada, mas não aceito. O ciclo é nascer, viver e morrer, mas não é possível compreender a perda de um filho”, disse ao Globo a mãe da designer, a autônoma Adriana Nunes Dourado, 47.

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O corpo foi encontrado com mãos amarradas
Quando a vítima foi localizada, tinha a cabeça coberta por um saco plástico
A designer foi encontrada morta em Paraty
Thalissa Nunes Dourado tinha 27 anos
Thalissa Nunes Dourado: designer foi morta em Paraty
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A polícia já identificou os suspeitos

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O corpo foi encontrado com mãos amarradas

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Quando a vítima foi localizada, tinha a cabeça coberta por um saco plástico

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A designer foi encontrada morta em Paraty

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Thalissa Nunes Dourado tinha 27 anos

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Thalissa Nunes Dourado: designer foi morta em Paraty

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Mais provas

O Departamento Geral de Polícia do Interior (DGPI) determinou, na última quinta-feira (24/3), a realização de coleta de amostra de material genético da agente de turismo, para, através de um exame de DNA, compará-lo com os resíduos encontrados embaixo das unhas da vítima e tentar esclarecer a dinâmica do crime. O objetivo é fortalecer ainda mais o conjunto de provas contra Vivian.

Thalissa foi morta na madrugada de 5 de novembro de 2021, 11 meses depois de deixar a capital paulista, onde nasceu, estudou e trabalhou, para voltar a morar com a mãe e a avó. Durante a pandemia, elas se mudaram para a cidade litorânea e histórica na Costa Verde fluminense.

Pedido de prisão

No início das investigações, Vivian chegou a ter a prisão temporária solicitada pelo delegado Marcelo Haddad, que concluiu haver indícios suficientes da participação da agente de turismo no crime, e pelo Ministério Público. O pedido se baseou em análise de cerca de 12 horas de imagens de câmera de segurança na porta da residência. A agente é apontada como a única que esteve no local no momento do crime.

No entanto, a juíza Letícia de Souza Branquinho, da Vara Única de Paraty, negou a solicitação. Em seu despacho, a magistrada apenas determinou o recolhimento do passaporte de Vivian, a proibição de deixar a cidade, além do comparecimento quinzenal em juízo para justificar suas atividades.

Na casa em que Thalissa morava com Vivian havia cerca de quatro meses, não foram encontrados sinais de arrombamento nas portas e janelas, nem de escalada. Diligência do Ministério Público verificaram que “o local é predominantemente uma área residencial, pacato e de pouco movimento de veículos e pessoas transitando, sendo que o imóvel onde ocorreu o fato possui um terreno baldio e de mata nos fundos”.

Gravações

As filmagens obtidas pela investigação mostram que Thalissa chegou à residência, onde já estava Vivian, à 0h34, acompanhada por um casal de amigos que permaneceu no local até 1h15. Os vídeos mostram que, às 2h20, a designer de moda saiu, em perfeitas condições físicas, e retornou para o local às 3h12.

Às 6h15, segundo a polícia, a agente de turismo deixou o imóvel para pedalar, voltando às 9h37. Às 12h30, uma equipe de profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou à casa para recolher o cadáver. A estimativa é que a designer de moda tenha morrido entre 4h e 6h.

“O que me segura ainda em pé é lutar por justiça, mas nada vai me confortar, nem mesmo a prisão. É como se tivessem arrancado minha vida, sobrou uma carcaça, virei um esqueleto humano, um nada. Ao tirarem a vida da minha filha, tiraram a minha”, afirmou a mãe.

O Metrópoles não encontrou contato de Vivian nem da defesa dela até o momento em que publicou este texto, mas o espaço segue aberto a manifestações.

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