Donos do coelho Alfredo entrarão na Justiça contra companhia aérea
Defesa busca que KLM pague multas previstas em decisões do Tribunal de Justiça de SP após negar embarque do animal
atualizado
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São Paulo – Após se envolver em uma briga que viralizou nas redes sociais e não conseguir embarcar com o coelho Alfredo no voo planejado, o casal Jorge Guadalupe e Gabriela Martins entrará na Justiça para que a companhia aérea KLM pague por danos morais e pelas multas que já estavam previstas nas decisões do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
Os tutores do coelho tinham três decisões liminares do Poder Judiciário que garantiam que o animal poderia embarcar no voo para Dublin, Irlanda, dentro da cabine do avião, acomodado em uma caixa de transporte.
A primeira decisão estipulou uma multa de R$ 10 mil caso a companhia aérea não permitisse o embarque do pet em um voo previsto para 15/11.
Em uma segunda liminar, o tribunal estabeleceu multa de R$ 5 mil por litigância de má-fé, que seria uma conduta de usar direitos processuais para prejudicar a outra parte. Nessa etapa, ainda foi determinada multa de R$ 15 mil caso a decisão de embarque acabasse descumprida.
“Mas a KLM disse que não iria cumprir, então ele [Jorge] trocou o voo para o dia 17. A KLM, mesmo assim, afirmou que não iria cumprir e pediu para que o voo fosse no dia 18, e ele concordou. Mesmo assim, ela não cumpriu”, afirmou o advogado Leandro Furno Petraglia, ao Metrópoles.
Em 18/11 foi quando ocorreu a briga no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Apesar do casal ter conseguido embarcar com o coelho Alfredo na sexta-feira (19/11), sob escolta policial, a defesa ainda pedirá uma indenização por danos morais. “Provavelmente hoje mesmo já vamos entrar com o pedido para questionar essas multas e outros desdobramentos e iniciar um novo processo para questionar o dano moral”, disse o advogado.
Os tutores Jorge Guadalupe e Gabriela Martins relatam ter pagado à companhia aérea uma taxa pet de aproximadamente R$ 600 e mais R$ 6 mil de tarifas extras para a remarcação do voo, com o objetivo de dar tempo que a KLM cumprisse às liminares de embarcar o coelho na cabine.
A KLM afirmou ao Metrópoles por meio de nota que uma investigação está em andamento. “Devido a um equívoco interno da companhia, o transporte excepcional do animal na cabine da aeronave, com base em uma decisão judicial, não foi comunicado à tripulação do voo com antecedência”, informou o comunicado.
A companhia aérea também lamentou o desentendimento no local de embarque. “A companhia condena qualquer tipo de comportamento violento de passageiros e colaboradores”, complementou a KLM.