Donos de sex shops em SP são presos por vender “melzinho do amor”
Dois homens de 38 e 40 anos foram presos em flagrante por vender sachês do estimulante sexual que é ilegal e proibido pela Anvisa
atualizado
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São Paulo – Dois proprietários de sex shops, de 38 e 40 anos, foram presos em flagrante nessa quinta-feira (11/11) em Paulínia, no interior de São Paulo, por vender um estimulante sexual conhecido popularmente como “melzinho do amor”. Os homens foram indiciados por fabricar, vender, expor à venda e ter em depósito para vender substância nociva à saúde.
No entanto, os homens foram liberados após cada um deles pagar R$1.100 de fiança. Nos sex shops, localizados no Jardim Planalto, a polícia apreendeu quase 2,8 mil sachês da substância que é ilegal e proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A atividade ilícita dos donos de sex shops foi descoberta após investigação dos agentes da 1ª Delegacia de Investigações Gerais (DIG), da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) local.
O “melzinho do amor” é vendido com as promessas de melhorar o desempenho sexual e ser 100% natural. No entanto, a agência reguladora proibiu, em maio, a comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e uso da substância que pode trazer sérios riscos à saúde.
Riscos à saúde foram comprovados
Uma análise do Laboratório de Toxicologia Analítica do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Unicamp encontrou no “melzinho do amor” elementos como Sildenafila e Tadalafila. Essas substâncias são usadas no tratamento da disfunção erétil e podem provocar reações adversas graves, incluindo morte.
O sachê do estimulante sexual ilegal também é composto por café, extrato de caviar, maçã, gengibre ginseng, mel da Malásia, canela e outros materiais.