Dona do Facebook e WhatsApp diz que diminuirá alcance de fake news
Empresa anunciou que não excluirá publicações que contenham informações falsas, mas reduzirá em 80% o alcance das postagens
atualizado
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A Meta, empresa que controla Facebook, WhatsApp e Instagram, anunciou, nesta quinta-feira (12/5), que criará um centro de monitoramento para o conteúdo divulgado durante as eleições brasileiras de 2022. O grupo, no entanto, afirmou que apenas reduzirá o alcance de fake news nas redes sociais, mas não excluirá as postagens.
A medida faz parte de uma parceria firmada em fevereiro entre a Meta e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Funcionários da empresa no Brasil e nos Estados Unidos controlarão o centro de monitoramento, que já foi testado no Brasil durante as eleições de 2018 e de 2020. As informações das publicações serão analisadas por agências de verificação de fatos.
O monitoramento funcionará a partir de denúncias de possíveis violações às regras das redes. O objetivo é reduzir em 80% o alcance da distribuição de conteúdos falsos. Páginas do Facebook que repetidamente compartilham conteúdos falsos têm todo o seu alcance diminuído, e as publicações poderão receber um rótulo de informação falsa.
“A integridade das eleições é uma prioridade da Meta. Queremos garantir uma resposta rápida da empresa a qualquer momento emergencial que possa vir a acontecer”, disse a gerente de Programas de Resposta Estratégica da Meta América Latina, Debs Delbart.
Um dos focos do centro de monitoramento será combater “comportamentos inautênticos coordenados”, ou seja, páginas que escondem a identidade dos autores e tentam manipular as informações. Somente no primeiro turno de 2020, 140 mil publicações assim foram removidas, segundo dados da Meta.
Uma outra medida adotada é aplicar um rótulo em todo conteúdo eleitoral que redireciona usuários para o site da Justiça Eleitoral. A ferramenta já está no ar e, até agora, mais de 2,8 milhões de pessoas clicaram no botão.
Mensagens com discurso de ódio, promovam a violência, estimulem a supressão de votos ou violem as diretrizes de conteúdo do Facebook serão excluídas.
Para o WhatsApp, a principal medida é a redução do reencaminhamento de mensagens para apenas um grupo por vez. O combate aos disparos em massa ainda será automatizado com ferramentas que identificam um uso automatizado do perfil.
A Meta anunciou que agirá em três frentes no aplicativo: no registro de usuários, a partir da detecção de contas criadas por automação; nas mensagens, pelo uso anormal da plataforma; e com denúncias feitas pelos usuários.
Também serão adotadas outras medidas, como a criação de uma equipe de advogados no Brasil, de um canal eletrônico para intimações eleitorais e fornecimento de dados de usuários e de um canal de denúncias.
Por fim, a Meta anunciou que pretende “rodar o Brasil” para falar com representantes de partidos políticos e das campanhas presidenciais.
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