Dona de cão tenta reaver animal adotado por outra família após fuga
Ralf, um cãozinho da raça basset, fugiu de casa em dezembro e foi colocado para adoção. Família do animal entrou na Justiça para recuperá-lo
atualizado
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Rio de Janeiro – O sumiço de um cachorro da raça basset, em Niterói, na região metropolitana do Rio, foi parar na Justiça. O animal Ralfi, de 4 anos, fugiu de casa em dezembro do ano passado e foi colocado para adoção. Desde então, a família tenta descobrir o seu paradeiro.
A dona do cachorro, Thais Bolckau, de 59 anos, saiu de casa para ajudar uma vizinha que tinha levado um tombo e quando voltou Ralfi já não estava mais.
“Ele fugiu por debaixo da tela e entramos em desespero. O Ralfi é um cãozinho doce, adorável, ele brinca e vai com todo mundo. Eu estava socorrendo a minha vizinha, quando eu recebi a mensagem, por volta das 18h10. Quando vi, disse: ‘Ah, mas ele está em casa’, achei que fosse uma brincadeira. Mas quando me mandaram a foto, eu fiquei doida”, contou a dona ao Metrópoles.
Após a fuga, o cãozinho foi levado para um clube, que fica em outro bairro, e entregue para adoção. Como até hoje Thaís não conseguiu localizar o novo dono de Ralfi, o caso foi parar na Justiça.
Em março, a juíza Rosana Navega Chagas reuniu Thais e representantes do clube para onde Ralfi foi levado em uma audiência.
“Chamei todas essas pessoas, porque o cachorro estava envolvido no cenário do clube. Não chamei como acusados, mas como colaboradores, pois acredito que ele está em Niterói. Eu sei que a pessoa pegou sem má-fé. Ela não sabia que era crime, mas é. Ela agora sabe do caso e está com medo de devolver”, afirmou a magistrada ao Metrópoles.
“A pessoa que acha um cão precisa procurar pelo dono, divulgar que ele foi encontrado. Não é só levar embora, tem obrigação de fazer essa divulgação. Se alguém achar um animal de raça ou não deve ver se um petshop local conhece ou colocar em um grupo do bairro”, completou a juíza.
Com isso, ela deu um prazo de 15 dias, contados a partir desta quarta-feira (4/5), para que o animal seja devolvido, e se comprometeu a arquivar o processo caso Ralfi volte para casa. “Se não for cumprido o prazo, terei que reavaliar o crime, já que fere o artigo 169 do código penal”, afirmou.