Dona da clínica onde MC Atrevida morreu é pré-candidata a vereadora
Pelas redes sociais, ela defendeu o estabelecimento e disse que o procedimento da funkeira foi feito corretamente
atualizado
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A proprietária da clinica de estética Rainha das Plásticas, onde a funkeira MC Atrevida fez uma lipoescultura e morreu dias depois, nesse domingo (26/07), é pré-candidata a vereadora no Rio de Janeiro.
Na página oficial da empresa, Wania Tavares, de 57 anos, oficializou a candidatura e relatou sua história, relevando que já passou por mais de 20 procedimentos e que também teve problemas no primeiro deles, uma abdominoplastia.
“Eu me chamo Wania Iluminada, há dez anos fiz minha primeira plástica. Foi uma abdominoplastia com lipo e não obtive êxito. Procurei outra cirurgiã para tentar consertar o erro do outro médico com hidrolipo. Piorou a situação, porém a médica havia explicado que teria que refazer a cirurgia, eu que estava relutante e sem dinheiro para refazer e passar por todo processo de pós-operatório”, descreveu, no perfil.
Em uma terceira cirurgia, ela disse que ficou “perfeita e deslumbrada”, o que a incentivou a realizar outras cirurgias e, hoje, ela se autointitula “Rainha das Plásticas”.
Nas redes sociais, Wania tem mais de 45 mil seguidores e faz propaganda dos procedimentos, ao publicar imagens do antes e depois de suas próprias cirurgias. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPA), o ato não é permitido.
Defesa da clínica
Wania e o médico que realizou o procedimento serão intimados para depor na delegacia sobre o caso. Em live no Instagram, Wania disse que vai aguardar o laudo com a causa da morte da funkeira, mas que está com a “consciência supertranquila”, pois o procedimento teria sido “feito corretamente”.
“Eu não gostaria de falar agora, eu gostaria de esperar os laudos. Porém, como vai sair na TV, eu já vou explanando porque vocês têm o direito de já saber. Uma MC fez um procedimento de hidrolipo, que é um enxerto de bumbum. Não sou médica, sou empresária, dona da clínica. Ela vinha relatando que estava doendo, se sentindo mal, fomos acompanhando o processo. No dia 26, ela veio a falecer num hospital na Ilha do Governador, que ela é de lá. Estou sem advogado ainda. Eu estou com a minha consciência supertranquila quanto ao procedimento, que foi feito corretamente”, disse, durante transmissão.
Ainda na live, ela relatou uma conversa com a filha da funkeira. “Filha, deixa eu perguntar, o que foi colocado na bunda dela? A médica que a atendeu disse que pode ter mistura?”, narrou sobre o questionamento que ouviu na conversa. Em sua defesa, ela disse que “não coloca nenhuma mistura no bumbum de ninguém” e que “já tinha alguma coisa lá e que misturou, por isso deu problema“.
“Quando se coloca silicone industrial, entra líquido, faz bolinhas e vai espalhando no corpo. Não estou dizendo que tem ou não, a médica que desconfiou”, argumentou.
A Prefeitura do Rio, por meio da Subsecretaria de Vigilância Sanitária, interditou a clínica nessa quinta-feira (30/07) por falta de licença sanitária, exigência mínima para o funcionamento.