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Domingos Brazão ameaçou colega do TCE/RJ de morte: “Faço sofrer muito”

Relatório final da PF detalhou ameaças de Domingos Brazão feitas a colega do TCE/RJ, após prisão cautelar, em 2017

atualizado

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Tércio Teixeira/Flickr Domingos Brazão
O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão
1 de 1 O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão - Foto: Tércio Teixeira/Flickr Domingos Brazão

“Se ele fizer isso, ele morre. Eu começo por um neto, depois um filho, faço ele sofrer muito, e por último ele morre”, disse Domingos Brazão , em 2017, sobre suposto acordo de delação premiada entre o Ministério Público Federal (MPF), a PF e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE/RJ) José Maurício Nolasco. As informações são dos jornais Globo e Extra.

No ano das ameaças ao conselheiro do TCE/RJ, o Ministério Público Federal (MPF) e a PF haviam deflagrado a Operação Quinto do Ouro, que apurava um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e no Tribunal de Contas.

Nessa operação foram presos, de forma cautelar, Aloysio Nevesn, presidente do TCE à época; Domingos Brazão, também conselheiro do TCE/RJ; José Gomes Graciosa; Marco Antônio Alencar; e José Maurício Nolasco.

Segundo a investigação, os membros do órgão recebiam 15% dos valores de faturas vencidas de fornecedores de alimentação para presos e adolescentes submetidos a medidas de internação, além de favorecer as empresas de transporte em atos de fiscalização da Corte. Os valores eram liberados pelo Fundo de Modernização do Tribunal.

Em delação premiada, José Lopes de Carvalho Júnior — outro conselheiro do TCE/RJ — revelou que, durante um almoço anterior à prisão cautelar do grupo, foi analisada a possibilidade de José Maurício Nolasco acordar uma delação premiada.

Foi então que Brazão teria ameaçado Nolasco publicamente de morte, como relembrado pelo relatório final da Polícia Federal (PF) sobre a investigação dos supostos mandantes da morte da vereadora Marille Franco e do motorista Anderson Gomes.

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