Doleiro Bruno Farina é encaminhado para presídio no Rio
Ele foi um dos 62 denunciados da Operação Câmbio, Desligo, desdobramento da Lava Jato
atualizado
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O doleiro Bruno Farina, preso no Paraguai há dois dias pela Interpol, chegou ao Rio na tarde deste sábado (29/12) e deverá ser encaminhado ao presídio de Benfica, na zona norte da cidade, ainda durante esta noite. Farina é sócio de Dario Messer, chamado pelo Ministério Público Federal (MPF) brasileiro de “doleiro dos doleiros”, e foi um dos 62 denunciados da Operação Câmbio, Desligo, desdobramento da Lava Jato, deflagrada em maio.
Farina pousou no Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, por volta das 15h. Ele saiu do Paraguai pela manhã em avião da Polícia Federal, que ainda fez em escala em Foz do Iguaçu para procedimentos de imigração.
Ao chegar à capital fluminense, o doleiro foi encaminhado à sede da Polícia Federal, na região portuária. Ele passaria por exame de corpo de delito e depois seria encaminhado ao presídio de Benfica.
O doleiro era procurado por suspeita de crimes de corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Segundo denúncia do MPF, o grupo atuava desde a década de 1990. Dentre os denunciados também está o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, que já foi condenado a mais de 197 anos de prisão A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Farina.
Na edição deste sábado, o Jornal Nacional, da TV Globo, revelou que documentos do Ministério Público destaca que Farina, em parceira com outros três doleiros, movimentou quase US$ 23 milhões entre 2011 e 2017. O sistema de gerenciamento de remessas de dinheiro movimentou ilegalmente mais de R$ 6 bilhões em 52 países.