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Dois professores são afastados de escola pública do Rio por assédio

Estudantes do Carmela Dutra, em Madureira, zona norte do Rio, acusam professores de assédio sexual. Secretaria de Educação abriu sindicância

atualizado

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Protesto Assedio Carmela Dutra
1 de 1 Protesto Assedio Carmela Dutra - Foto: Divulgação

Rio de Janeiro – Dois professores do Instituto de Educação Carmela Dutra, em Madureira, na zona norte do Rio, foram afastados após serem denunciados por assédio sexual por estudantes. A Secretaria Estadual de Educação abriu uma sindicância, e a 29ª DP (Madureira) investiga o caso.

Segundo o delegado Neilson dos Santos Nogueira, uma garota relatou que um dos professores olhou com persistência para seus seios. Ela os cobriu com uma mochila, mas ele teria seguido olhando.

Outra contou que o mestre colocou a mão em seu ombro, deslizou pelo braço e acariciou maliciosamente a palma de sua mão.

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Polícia Civil vai ouvir vítimas
Alunas do colégio Carmela Dutra protestam contra assédio de professores
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Alunas do Carmela Dutra protestaram em frente ao colégio em 25/2

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Polícia Civil vai ouvir vítimas

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Alunas do colégio Carmela Dutra protestam contra assédio de professores

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A Polícia Civil ouve alunas, testemunhas e responsáveis pelas adolescentes. Além disso, os investigadores também querem o depoimento de professores e da direção da unidade, acusada por alunos de omissão no caso.

Até o momento, duas estudantes foram ouvidas. Outras vítimas ainda devem prestar depoimento na delegacia.

Reunião com o corpo estudantil

No dia 24 de fevereiro, uma reunião foi feita com a comunidade escolar e o diretor da unidade, Antônio Futuro. No entanto, segundo as estudantes, o assunto não foi abordado. Para elas, o encontro com a direção foi uma tentativa de enfraquecer o movimento de denúncias.

A página oficial da instituição no Instagram chegou a publicar uma foto do encontro com a legenda.

“Hoje foi dia da Direção dialogar com os alunos, foi uma conversa muito produtiva. Foram esclarecidas dúvidas, problemas foram resolvidos. Que bom contar com essa parceria. Alunos, Direção, responsáveis… Nossos alunos tem voz, todos eles são ouvidos e foi por isso que convocamos a reunião de hoje. Contamos com vocês para uma escola justa, democrática e acima de tudo compreensiva”.

Em resposta à publicação, dezenas de alunas e pais fizeram reclamações sobre a omissão da instituição perante o assunto.

No dia seguinte à reunião, estudantes protestaram em frente à escola, e levaram cartazes com dizeres como: “nosso uniforme não é convite” e “a escola é pública, meu corpo não”.

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