Dois goianos integram lista de financiadores dos atos antidemocráticos no DF
Lista completa, divulgada pela AGU, tem 52 nomes. Moradores de Goiás são de Rio Verde e Catalão
atualizado
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Goiânia – Duas pessoas de Goiás foram identificadas entre os financiadores dos atos terroristas e antidemocraticos, que aconteceram em Brasília (DF), no último domingo (8). De acordo com a lista divulgada pela Advocacia-Geral da União (AGU), Yres Guimarães, morador de Rio Verde, e Rafael da Silva, de Catalão, figuram entre os patrocinadores da manifestação que atentou contra os três poderes do país.
A lista foi divulgada na quinta-feira (12/1). Ao todo, foram listados 52 nomes. De acordo com o órgão, os goianos foram responsáveis pela contratação de ônibus que levaram bolsonaristas extremistas até a Capital Federal.
Informação da TV Anhanguera dá conta de que Yres e Rafael também aparecem em uma relação de nomes que receberam valores do auxílio emergencial do Governo Federal, entre os meses de abril e setembro de 2020. Conforme os dados do Portal da Transparência, do Governo Federal, Yres recebeu R$ 3 mil, enquanto Rafael R$ 5,2 mil.
À emissora, Yres Guimarães confirmou que o CPF que está na lista da AGU é mesmo dele, porém, negou que tenha alugado um ônibus. Ele, que exibe nas redes sociais o seu apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), também admitiu que estava em Brasília no domingo, mas disse que não participou dos atos de vandalismo.
“Na hora que nós chegamos lá, já estava instaurado o caos, que eu nem sei como começou. Eu estive no ônibus, mas eu não conheço, eu fui convidado para ir. Foi tudo de graça, tudo por conta, mas quem bancou eu não sei falar”, disse Yres.
Em Catalão, a equipe de TV também foi até a casa indicada como endereço de Rafael da Silva. Contudo, no local, o morador encontrado foi o operador de máquinas Joel Lourenço da Silva, que afirmou não conhecer uma pessoa com o nome do suposto financiador.
Lista de financiadores
Ao todo, a AGU identificou pelo menos 52 brasileiros e sete empresas como os financiadores dos que culminaram em ações terroristas. A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou à Justiça Federal do Distrito Federal (DF) o bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens.
O valor do bloqueio é preliminar, já que, segundo o órgão, os prejuízos causados pelos atos golpistas ainda não foram integralmente calculados.