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Dois em cada três defendem fechamento de escolas, aponta Datafolha

Maioria dos brasileiros é a favor também de restrições em bares, restaurantes, lojas e academias para conter o novo coronavírus

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Limpeza de sala de aula
1 de 1 Limpeza de sala de aula - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (18/12), 66% da população brasileira defende o fechamento de escolas como maneira de conter o avanço da Covid-19. O levantamento mostra também que a maioria dos entrevistados é a favor de restrições em bares, restaurantes, lojas e academias, entre outros estabelecimentos.

As escolas foram dos primeiros estabelecimentos a fechar, no caso de São Paulo e do Distrito Federal, desde março. Nessa quinta-feira (17/12), o governador João Doria (PSDB) anunciou que as escolas serão consideradas serviços essenciais e que permanecerão abertas mesmo que o estado volte à pior fase da pandemia.

Até então, as escolas públicas e privadas só podiam abrir na fase amarela, com estatísticas mais brandas em relação à pandemia.

De acordo com o governador, a Secretaria de Educação fez uma avaliação criteriosa com base na experiência internacional para garantir segurança na retomada gradual das aulas.

Países da Europa que fecharam as escolas na fase mais severa da pandemia retomaram as aulas depois e não voltaram a suspendê-las mesmo com a segunda onda de contaminações que afeta o continente. Em contrapartida, bares e restaurantes passaram a ter mais restrições.

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Em São Luís (MA), moradores passaram a precisar de autorização para circular nas ruas
No Rio de Janeiro (RJ), o lockdown começou por três bairros da zona norte
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Belém (PA) e municípios vizinhos decretaram lockdown em maio

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Em São Luís (MA), moradores passaram a precisar de autorização para circular nas ruas

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No Rio de Janeiro (RJ), o lockdown começou por três bairros da zona norte

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Baixa adesão ao isolamento social aumentou os casos em Fortaleza

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São Paulo (SP) lidera número de casos de coronavírus no país

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No DF, adesão ao isolamento social varia

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Na capital do país, comércio reabriu

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Ainda que se tenha aferido que o retorno às aulas não aumentou os índices de contaminação, alguns países estão reavaliando a decisão. A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, por exemplo, anunciou nesta semana que vai fechar novamente as escolas pelo menos até 10 de janeiro.

Especialistas afirmam que jovens desenvolvem quadros mais leves da doença, mas fazem parte do ciclo de contágio e podem transmitir o vírus.

A pesquisa Datafolha mostra que mulheres são as que mais defendem o fechamento de escolas: 71%, contra 59% dos homens.

Quanto maior a renda, mais o entrevistado se coloca contra o fechamento: 51% dos que ganham acima de 10 salários mínimos se posicionam contrários à medida, número que cai para 29% quando considerados os que ganham até dois salários mínimos.

O levantamento também aponta que a maioria dos brasileiros se posiciona a favor do fechamento de lojas, restaurantes e bares (55%) e do fechamento de serviços como academias, salões de beleza e escritórios (59%). Esses serviços foram reabertos em julho, antes das escolas.

A maioria dos entrevistados também se colocou a favor da diminuição do horário de funcionamento de comércios e serviços em geral.

Igrejas

A respeito do fechamento de igrejas e demais templos religiosos, os entrevistados se dividiram: 49% deles se disseram contrários à medida e outros 49% são favoráveis.

Desde março, o governo federal incluiu igrejas como atividades essenciais, que não poderiam ser fechadas, além de lotéricas. A medida chegou a ser suspensa pela Justiça, mas depois foi liberada.

A pesquisa Datafolha foi realizada entre os dias 8 e 10 de dezembro com 2.016 brasileiros adultos em todas as regiões e estados do país, por telefone, com ligações para aparelhos celulares (usados por 90% da população). A margem de erro é de dois pontos percentuais.

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