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Do Planalto à cadeia: veja a trajetória do ex-presidente Michel Temer

Deputado federal, vice e presidente da República, emedebista foi preso pela primeira vez na manhã desta quarta (21/3)

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Aos 78 anos, o ex-presidente Michel Temer (MDB) foi preso pela primeira vez na manhã desta quinta-feira (21/3). Com 38 anos de vida pública, o advogado filou-se ao MDB ainda em 1981. De lá para cá, ele foi deputado federal constituinte e eleito outras quatro vezes pelo voto popular. Como deputado, presidiu a Câmara. Na sequência, foi vice-presidente do Brasil duas vezes e chegou à Presidência após o impeachment de Dilma Rousseff (PT).

Advogado de formação, Temer foi professor de direito, advogado trabalhista e sempre pesquisou e publicou sobre assuntos relacionados à legislação brasileira. Seu primeiro cargo público foi em 1983, quando foi escolhido procurador-geral de São Paulo. No ano seguinte, assumiu a secretaria de Segurança Pública do estado. Nessa época, criou a primeira delegacia da mulher do país.

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No final dos anos 80, foi eleito deputado federal constituinte. Em 1995, assumiu mandato como deputado federal. Em outras três ocasiões foi eleito novamente e, de 1997 a 2001, foi chegou a presidente da Câmara dos Deputados. Em 2009, novamente assumiu o cargo.

Já nessa época, viu seu nome aparecer 21 vezes na Operação Castelo de Areia, que investigou supostos crimes financeiros e lavagem de dinheiro no Grupo Camargo Corrêa. Em 2010, também foi acusado de receber propina do ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PR).

Proximidade com o PT
Em 2010, Temer foi reeleito por aclamação presidente do MDB. Com o partido todo apoiando, conquistou a indicação petista para ser vice na chama de Dilma Roussef – apesar de não ser o nome preferido da ex-presidente.

À época, em entrevistas disse que seria um vice “discreto”. “Serei vice nos limites da Constituição. Quando ocupo um cargo, cumpro a tarefa constitucional. Serei extremamente discreto, como convém a um vice”, chegou a dizer.

Em 2015, Temer fez parte das articulações que levaram à queda da então presidente Dilma Rousseff. No dia 31 de agosto de 2016, após o impeachment, assumiu a presidência da República e ficou até o final do mandato, em dezembro do ano passado. Sendo, assim, o 37º presidente da República do Brasil.

Além do inquérito da operação Descontaminação, que levou o ex-presidente à cadeia nesta quinta (21), Michel Temer responde a outros nove inquéritos. Cinco deles ainda tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF), já que foram abertos durante o mandato de presidente do emedebista.

Os outros cinco foram autorizados pelo ministro Luís Roberto Barroso em 2019, quando Temer já não tinha mais foro privilegiado, e estão na primeira instância.

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