Dnit: Senado aprova nome que atuou nos governos de Temer e Bolsonaro
A indicação de Erick Moura de Medeiros foi feita por Lula no início de maio. O nome ainda será votado em plenário
atualizado
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A Comissão de Infraestrutra do Senado Federal aprovou nesta terça-feira (16/5) a indicação de Erick Moura de Medeiros para o cargo de diretor de Infraestrutura Aquaviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), órgão responsável por executar obras nas rodovias federais. A matéria será encaminhada ao plenário da Casa.
O nome foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 1º de maio.
Erick Moura já havia exercido funções na diretoria do Dnit, ocupada por Karoline Brasileiro Quirino Lemos desde 2019. Ele foi capitão da Marinha, é servidor da Controladoria-Geral da União (CGU) e foi indicado em outras agências e cargos nos governos Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) e, agora, no terceiro governo Lula.
A indicação foi relatada pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), que votou favoralmente ao nome.
Em maio de 2021, Erick Moura foi nomeado por Bolsonaro como secretário especial de Assuntos Federativos da Secretaria de Governo da Presidência, cargo que exerceu até agosto daquele ano. Em dezembro, ele passou a exercer a função comissionada de corregedor no Ministério do Turismo.
Erick Moura de Medeiros nasceu em 1972, no Rio de Janeiro (RJ). Bacharel em Ciências Navais pela Marinha do Brasil, é pós-graduado em eletrônica e guerra de superfície. Serviu a Marinha por mais de 19 anos, chegando até o posto de capitão de corveta. Hoje, é servidor da CGU.
O Dnit é vinculado ao Ministério dos Transportes e, em governos anteriores, quando as indicações políticas eram da cota do PL, foi alvo de sucessivas investigações por desvio de dinheiro. Mesmo assim, é um dos órgãos mais visados pelo Centrão.
No governo Lula, o Ministério dos Transportes é comandado pelo ex-governador de Alogoas Renan Filho, do MDB. Segundo a coluna de Guilherme Amado, no Metrópoles, ele vinha dizendo a deputados que faria nomeações técnicas e que o governo ouviria as bancadas estaduais para contemplar indicações de outros partidos além do MDB. Há diversos estados em que o MDB não tem representação tão relevante, ou é parte da oposição ao governo federal.
A diretoria colegiada do Dnit é composta por sete diretores, incluindo a diretoria-geral.