Dívida pública aumenta 0,99% e vai a R$ 6,7 trilhões em abril
O aumento em relação a março foi de R$ 70 bilhões, quando o estoque atingiu R$ 6,638 trilhões. Em fevereiro, ficou em R$ 6,595 trilhões
atualizado
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A dívida pública federal (DPF) terminou abril em R$ 6,70 trilhões. O número representa elevação de 0,99% em relação a março, quando atingiu R$ 6,638 trilhões.
Esse crescimento da DPF ocorreu em decorrência das emissões de títulos atrelados à Selic — taxa básica de juros —, que chegaram a R$ 96,3 bilhões em abril, o que corresponde a 72% do total emitido.
A dívida pública mobiliária federal interna (DPMFi) fechou o mês em R$ 6,42 bilhões, representando alta de 0,97%. Enquanto a dívida pública federal externa (DPFe) foi de R$ 280,51 bilhões, com elevação de 1,37% — sendo R$ 234,68 bilhões referentes à dívida mobiliária e R$ 45,83 bilhões relativos à dívida contratual.
Os dados estão presentes no relatório mensal da dívida pública federal publicado pela Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda, nesta quarta-feira (29/5).
As instituições financeiras são os principais detentores do estoque da dívida federal, com 29,2% de participação. Na sequência, estão Previdência (23,5%) e Fundos (23%).
Já o estoque de não-residentes caiu em R$ 16,4 bilhões e o estoque de instituições financeiras aumentou em R$ 14,2 bilhões, de acordo com o Tesouro Nacional.
Com as emissões dos títulos atrelados à Selic, a participação desses LFTs na dívida pública do governo federal passou de 41,8% em março para 43,1% em abril — assim, se aproximando do limite máximo do Plano Anual de Financiamento (PAF), que estabeleceu uma banda entre 40% e 44% para o fim de 2024.
O coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Helano Borges Dias, afirmou que os dados de maio mostram uma melhora nesse cenário. “A gente entende que, até o momento, as condições se encontram alinhadas para o cumprimento do PAF”, disse.