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“Ditadura chegará para todos”, diz Jordy após operação contra Ramagem

Líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy (PL-RJ) também foi alvo de operação da PF na última semana

atualizado

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Luis Macedo/Câmara dos Deputados
Deputado federal Carlos Jordy PL-RJ fala na tribuna do Plenário da Câmara - Metrópoles
1 de 1 Deputado federal Carlos Jordy PL-RJ fala na tribuna do Plenário da Câmara - Metrópoles - Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Carlos Jordy (PL-RJ), se manifestou nesta quinta-feira (25/1) sobre a operação Vigilância Aproximada, da Polícia Federal (PF), que tem entre os alvos o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor- geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O próprio Jordy foi alvo da corporação na semana passada, mas em outro inquérito, por suspeita de envolvimento na organização de atos antidemocráticos.

“A justiça tirou a venda, jogou fora a balança e sobrou apenas a espada. Se não houver uma reação do Congresso Nacional para restabelecer as prerrogativas e o equilíbrio, a ditadura chegará a todos, até naqueles que aplaudem a tirania”, escreveu Jordy no X, antigo Twitter.

A operação da PF deflagrada nesta quinta investiga se a Abin foi usada para fazer monitoramentos ilegais de governadores, políticos e até ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que teriam sido vigiados por uma organização criminosa infiltrada na agência estatal.

Entre as autoridades ilegalmente monitoradas por um software espião da Abin, estariam os ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia e o ex-governador do Ceará Camilo Santana, hoje ministro da Educação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ramagem foi alvo de buscas em seu gabinete na Câmara dos Deputados e no apartamento funcional. Isso porque as supostas investigações sem autorização judicial ocorreram quando ele era diretor-geral da Abin, entre julho de 2019 e março de 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Operação contra Jordy

Parlamentares de oposição têm utilizado a narrativa de perseguição do Judiciário, depois das últimas operações autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes. O grupo também cobra posicionamento dos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre os supostos “abusos” cometidos pelo STF contra deputados e senadores contrários ao governo.

Logo depois da operação, na última quinta-feira (18/1), líderes da oposição divulgaram nota pedindo que o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga Jordy, se declare suspeito nas investigações. Os signatários se colocam contra os atos golpistas do 8 de Janeiro, mas defendem o “respeito ao juízo natural”.

Jordy foi alvo da Operação Lesa Pátria, que investiga a organização de atos antidemocráticos. O deputado afirmou, em coletiva na quarta-feira (24/1) que as bases da investigação da qual foi alvo são “frágeis” e “foram distorcidas”. Ele será reconduzido à liderança da oposição, depois dos últimos acontecimentos.

Jordy é investigado por supostamente inflamar atos antidemocráticos no Rio de Janeiro. Entre as provas, estão mensagens trocadas com o ativista de direita Carlos Victor de Carvalho, conhecido como CVC.

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