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Distribuição de vacinas gera embates entre Saúde e gestores locais

Estados dizem ter recebido proporcionalmente menos doses. Ministério da Saúde garante que repasse é igualitário

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Vacinação no Parque da Cidade
1 de 1 Vacinação no Parque da Cidade - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A distribuição de vacinas contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, tem gerado embates entre o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais de Saúde. O volume e a frequência de repasses têm divido os gestores em grupos antagônicos.

Apesar de o governo federal garantir que distribui as doses de forma igualitária e proporcional entre as unidades da Federação, os Executivos locais têm alegado distinções.

Um dos casos é no Espírito Santo. A coordenação do Programa Estadual de Imunizações e Doenças Imunopreveníveis do estado afirma que, proporcionalmente, os estados do Norte receberam quantidade maior de vacinas que as demais unidades federativas.

“O estado já distribuiu todas as primeiras doses em estoque para os municípios, tendo em estoque apenas a reserva técnica e as segundas doses. Com a chegada da próxima remessa enviada pelo Ministério da Saúde, a expectativa é iniciar a vacinação do público de 60 a 64 anos”, detalha, em comunicado.

Problema semelhante acontece na capital federal. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal aponta que, proporcionalmente, está recebendo menos doses. A pasta enviará ofício ao Ministério da Saúde para solicitar esclarecimentos.

“Os sete estados que estão à frente no ranking de aplicação de vacinas estão recebendo, proporcionalmente, mais doses do que o Distrito Federal“, destaca a Secretaria de Saúde do DF, em nota.

Além disso, segundo a pasta, vários estados optaram por aplicar, como primeira dose, um percentual significativo das vacinas enviadas na última remessa como segunda dose.

“A Secretaria de Saúde decidiu seguir a determinação do Ministério de Saúde para que não ocorra o risco de ninguém ficar sem a imunização definitiva daqui a algumas semanas”, salienta o texto.

Apesar das queixas, alguns estados, como Santa Catarina, Ceará, Tocantins, Bahia e Pará, informaram ao Metrópoles que os repasses de doses são proporcionais à população.

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Segundo boletim publicado pela SES-DF, apenas quatro foram graves
A imunização abrange profissionais como policiais militares, civis e federais
Brasilienses são imunizados contra a Covid-19
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Arthur Menescal/Especial Metrópoles
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Segundo boletim publicado pela SES-DF, apenas quatro foram graves

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A imunização abrange profissionais como policiais militares, civis e federais

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Brasilienses são imunizados contra a Covid-19

Gustavo Moreno / Especial para o Metrópoles
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Vacina sendo preparada para aplicação na capital de Goiás

Vinícius Schmidt/Metrópoles

Outras unidades federativas preferiram não comentar o assunto e passaram a responsabilidade para o Ministério da Saúde. É o caso do Mato Grosso. “Esse questionamento deve ser realizado ao Ministério da Saúde, que calcula e distribui as doses aos estados da Federação”, resumiu o governo, em nota.

Versão oficial

O Ministério da Saúde garante que a distribuição de doses é proporcional e igualitária para todos os entes federativos. O cálculo considera o público-alvo de cada etapa de distribuição.

“A seleção de grupos prioritários foi compactuada com entidades, como Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), e especialistas na área”, esclareceu, em nota.

O Brasil ultrapassou 13 milhões de casos confirmados do novo coronavírus e mais de 340 mil óbitos em decorrência da doença.

Até o momento, o Ministério da Saúde aplicou 25 milhões de doses da vacina (entre primeira e segunda doses). Atualmente, o país é o epicentro da doença no mundo.

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