Distribuição de água está suspensa há mais de 50h em cidades do Rio
Abastecimento foi paralisado após contaminação por tolueno na água do sistema Imunana-Laranjal, que atende quase 2 milhões de pessoas
atualizado
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Desde essa quarta-feira (3/4), a distribuição de água do sistema Imunana-Laranjal, controlado pela Companhia de Água e Saneamento do Rio de Janeiro (Cedae), foi paralisada após ser identificada uma contaminação por tolueno no manancial.
Ao todo, cerca de dois milhões de moradores dos municípios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá (Inoã e Itaipuaçu) e da Ilha de Paquetá, todos no Rio de Janeiro, atendidos pelo sistema Imunana-Laranjal, estão sem acesso à água.
Em atualização mais recente, a Cedae informou que o sistema segue paralisado, nesta quinta-feira (5/4), devido à “alteração da qualidade da água bruta (ainda não tratada) no manancial de captação”. Ainda não há prazo para que o sistema volte ao normal.
Agora, ainda de acordo com a companhia, um novo exame laboratorial vai determinar o retorno da operação do sistema, que tinha altos níveis de tolueno — produto químico utilizado como solvente, bem como na produção de detergentes.
O nível permitido desse produto é de 30 microgramas por litro, de acordo com a Portaria de Potabilidade 888 do Ministério da Saúde. Os testes estão sendo realizados no laboratório Libra, na Estação de Tratamento de Água (ETA) Guandu, em Nova Iguaçu.
A Águas de Niterói e a Águas do Rio, concessionárias que abastecem Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá (Inoã e Itaipuaçu) e da Ilha de Paquetá, orientam que a população economize e faça uso consciente da água até o abastecimento ser normalizado, evitando dar prioridade para tarefas não essenciais que exijam grande consumo.
Tolueno na água
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio de Janeiro investiga a origem do tolueno. Além disso, a Companhia de Água e Saneamento do Rio de Janeiro continua monitorando a água em tempo real.
A Cedae e o Inea reforçam que “não há risco de a substância chegar às residências, porque a captação só será retomada quando a água estiver totalmente adequada para consumo humano”.