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Disputa por herança de ganhador da Mega termina: viúva fica de fora

Homem foi assassinado pela esposa, dois anos após ganhar na Mega-Sena, em 2007. Dinheiro ficará com irmãos e filha

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SEVERINO SILVA/ESTADÃO Conteúdo
Adriana Almeida, condenada pela morte de Renê Sena
1 de 1 Adriana Almeida, condenada pela morte de Renê Sena - Foto: SEVERINO SILVA/ESTADÃO Conteúdo

A disputa na Justiça pela herança de Renê Senna, morto em 2007, chegou ao fim, após 14 anos, no Supremo Tribunal Federal (STF). A herança de R$ 120 milhões do lavrador, que foi assassinado pela esposa, Adriana Ferreira de Almeida, a viúva da Mega-Sena, depois de ganhar na loteria, será dividido entre a filha e os irmãos da vítima.

A decisão confirma a sentença de 2018, que anulou o último testamento de Senna. No documento, ele deixava toda a fortuna para Adriana. O STF considerou que o homem foi manipulado pela esposa, que tinha intenção de matá-lo. Assim, o órgão determinou que o testamento anterior deveria ser reconhecido, que dava aos irmãos de Senna metade do dinheiro.

Para cumprir a decisão, os imóveis do milionário começaram a ser leiloados, por decisão da Justiça. O último local em que Senna morou, uma fazenda de 9,3 quilômetros quadrados em Rio Bonito (RJ), foi vendido em março. A propriedade estava abandonada e chegou a ser saqueada.

O crime

O lavrador Renné Senna ganhou sozinho R$ 52 milhões na Mega-Sena em julho de 2005, e foi assassinado quase dois anos depois, com quatro tiros, quando conversava com amigos na porta de um bar em Rio Bonito (RJ), onde morava. A viúva, Adriana Almeida, foi apontada pela polícia como a mandante do crime, supostamente motivada pela herança.

Cabeleireira na cidade, ela conheceu Renné em uma festa de Natal na casa que ele havia comprado em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio. Durante a festa, os dois se aproximaram e começaram a namorar.

Ele decidiu voltar para Rio Bonito, onde nascera, e meses depois se casou com Adriana.

A vítima sofria de diabetes e teve de amputar as duas pernas, em consequência da doença. Ele andava em um quadriciclo pela cidade e tinha o hábito de, nos fins de semana, ir a um bar conversar e tomar cerveja com amigos, quando foi assassinado.

Os matadores estavam em uma moto e fizeram diversos disparos contra Renné, que morreu na hora.

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