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Diretores de presídio são exonerados após farra sexual de traficantes

Chefes de uma facção criminosa no Rio de Janeiro pagaram propinas para que receber mulheres dentro da prisão de Bangu 4, em novembro de 2021

atualizado

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Divulgação/Agência brasil
Presídio de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro
1 de 1 Presídio de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro - Foto: Divulgação/Agência brasil

Rio de Janeiro – Dois diretores do presídio de Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, foram exonerados nesta terça-feira (11/1), após a descoberta de uma farra sexual promovida por traficantes dentro da prisão.

De acordo com a TV Globo, chefes de uma facção criminosa levaram mulheres para dentro da Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho (Bangu 4), no dia 23 de dezembro de 2021.

Ainda segundo a reportagem, além de um diretor e do subdiretor, um chefe de segurança também foi exonerado do cargo. Outros seis servidores que estavam de plantão naquele dia vão ser transferidos para outros presídios fora de Gericinó.

O juiz Bruno Rulieri, da Vara de Execuções Penais (VEP), determinou uma busca e apreensão no complexo de Gericinó para apurar a ação da facção criminosa na Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho (Bangu 4).

Os nove presos suspeitos de participarem da farra sexual no presídio serão transferidos para o presídio Laércio da Costa Pellegrino (Bangu 1).

Presos isolados

A farra sexual aconteceu na no dia 23 de dezembro de 2021, supostamente após o pagamento de propina a policiais penais. De acordo com a denúncia, os presos são membros da facção criminosa Terceiro Comando Puro.

Neste momento, os presos cumprem isolamento determinado pela corregedoria da Seap, que já identificou no mapa de Parlatório 15 visitas íntimas no dia 23 de dezembro. O órgão também já está com imagens de câmeras internas, que mostram pelo menos 27 mulheres na galeria destinada às visitas íntimas dos presos.

O que diz a Seap

A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) informa que a corregedoria do órgão instaurou procedimento de apuração “para investigar a possível entrada irregular de 15 visitantes para a realização de visita íntima na Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho (Bangu IV), no Complexo de Gericinó, em Bangu, no último dia 23 de Dezembro”.

Em nota, a pasta informa que as investigações foram iniciadas no dia 4 de janeiro, logo após o recebimento da denúncia. Nesta terça-feira (11/1), diretor, subdiretor e chefe de segurança da unidade foram exonerados e nove presos suspeitos de estarem envolvidos no caso foram transferidos para a Penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pelegrino (Bangu 1).

No texto, a Seap ressalta que não compactua com qualquer irregularidade no interior das unidades prisionais e que a Corregedoria do órgão atuará, com o rigor que a lei permitir, para identificar e punir os envolvidos.

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