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Diretor da PF reclama de “desrespeito” do embaixador de Israel

Embaixador de Israel disse que há brasileiros dispostos a serem radicalizados pelo Hezbollah, após operação da PF para prendê-los

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José Cruz / Agência Brasil
PF Andrei Passos
1 de 1 PF Andrei Passos - Foto: José Cruz / Agência Brasil

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, avaliou, nesta quinta-feira (9/11), uma fala do embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, como depreciativa e  desrespeitosa. Após uma operação da Polícia Federal prender brasileiros recrutados pelo grupo radical Hezbollah, do Líbano, Zonshine disse que se os extremistas miraram o Brasil, é porque há pessoas dispostas a serem radicalizadas.

“Temos ações de cooperação policial com mais de uma centena de países, e nunca houve manifestações depreciativas como estas agora”, disse Passos ao Metrópoles. O diretor-geral também falou em prejuízos de “futuras ações nossas”. A operação da PF teve apoio de troca de informações com o governo de Israel.

Mais tarde, o ministro da Justiça Flávio Dino também comentou a declaração do embaixador de Israel e disse que o caso é conduzido pelo Itamaraty, mas salientou que é preciso ter sobriedade e respeito às autoridades brasileiras.

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Milícias xiitas seguram a bandeira do Hezbollah depois que as forças iraquianas entraram na cidade de Amirli, no norte, que estava sob cerco de militantes do Estado Islâmico por mais de dois meses em Saladino, Iraque, em 31 de agosto de 2014
Grupos armados chegaram a um acordo de cessar-fogo na região montanhosa da fronteira entre o Líbano e a Síria em 2017
 O secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, faz um discurso durante uma cerimônia do Dia da Ashura em Beirute, Líbano, em 24 de outubro de 2015
Exercício militar realizado perto da fronteira israelense no governo de Nabatieh, Líbano, em 21 de maio de 2023
Bandeira do Hezbollah
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Apoiadores do Hezbollah

Fadel Itani/NurPhoto via Getty Images
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Milícias xiitas seguram a bandeira do Hezbollah depois que as forças iraquianas entraram na cidade de Amirli, no norte, que estava sob cerco de militantes do Estado Islâmico por mais de dois meses em Saladino, Iraque, em 31 de agosto de 2014

Stringer - Anadolu Agency
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Grupos armados chegaram a um acordo de cessar-fogo na região montanhosa da fronteira entre o Líbano e a Síria em 2017

Furkan Guldemir/Anadolu Agency/Getty Images
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O secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, faz um discurso durante uma cerimônia do Dia da Ashura em Beirute, Líbano, em 24 de outubro de 2015

Ratib Al Safadi/Agência Anadolu/Getty Images
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Exercício militar realizado perto da fronteira israelense no governo de Nabatieh, Líbano, em 21 de maio de 2023

Houssam Shbaro/Anadolu Agency via Getty Images
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Bandeira do Hezbollah

Reprodução
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Os combatentes libaneses do Hezbollah participam de ataques transfronteiriços, parte de um exercício militar em grande escala, em Aaramta, na fronteira com Israel, em 21 de maio de 2023, antes do aniversário da retirada de Israel do sul do Líbano em 2000

Fadel Itani/NurPhoto via Getty Images

Os brasileiros recrutados pelo Hezbollah foram presos por suspeita de planejar atacar prédios da comunidade judaica no Brasil. A Polícia Federal cumpriu ao menos 11 mandados de busca e dois de prisão temporária em São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. O governo de Israel compartilhou informações para possibilitar a operação.

Recrutadores e recrutados poderão responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terrorista e de realizar atos preparatórios de terrorismo, cujas penas máximas, se somadas, chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão.

Os crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto.

Em dia de operação da PF, embaixador de Israel aparece na Câmara

Nessa quarta-feira (8/11), Zonshine se encontrou com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e parlamentares de oposição na Câmara dos Deputados para mostrar vídeos da ofensiva do Hamas, grupo extremista da Palestina, contra Israel, na guerra reiniciada em 7 de outubro.

A reunião foi informada, em cima da hora, para os deputados pelo colega Gustavo Gayer (PL-GO), em um grupo de WhatsApp.

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