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Diretor de Santa Casa é alvo de 2ª denúncia por assédio

José Ildson, da Santa Casa de Rio Branco (AC), teria enviado mensagens inapropriadas para ao menos cinco mulheres pelo WhatsApp

atualizado

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Homem foi acusado por assediar mulher. É a segunda denúncia
1 de 1 Homem foi acusado por assediar mulher. É a segunda denúncia - Foto: Reprodução

O apóstolo e diretor de Relacionamentos Institucionais da Santa Casa de Rio Branco, José Ildson Viana Barbosa, de 49 anos, foi acusado por mais uma vítima de assédio, nesta quinta-feira (22/7). As informações são do AC 24 Horas.

De acordo com o jornal, a segunda vítima, uma biomédica de 36 anos, fazia parte de um grupo de 150 profissionais de saúde que disputavam um posto de trabalho em que o número pessoal de José Ildson estava divulgado. A ideia era que os candidatos montassem um ponto para coleta de exames em suas casas. Para isso, passariam por cursos e treinamentos antes.

“Ele [José Ildson] se aproveitou dessa oportunidade de estar na casa da pessoa para poder fazer isso. Uma das colegas, que já disse que não irá denunciá-lo para não se envolver em confusão, contou que ficou surpresa com a visita dele porque ela já havia informado que na casa dela não tinha possibilidade de montar ponto de coleta, por morar em apartamento alugado”, afirmou a vítima. Mesmo assim, o diretor teria aparecido de surpresa na residência da mulher.

Segundo ela, José Ildson viu uma maca na casa de sua amiga, que faz aplicações de cílios. Ele questionou se ela era massagista e, ao escutar a negativa, fez uma proposta: “Ele disse que era fisioterapeuta e que se fizesse uma massagem nela, ela não iria esquecer”.

Ela conta que o acusado entrou em contato várias vezes com as alunas pelo WhatsApp com mensagens inapropriadas. “Há duas semanas ele me mandou uma foto que todos nós tiramos, creio que para divulgação. Eu agradeci a foto e ele me elogiou, dizendo que a foto tinha ficado linda e que eu tinha um sorriso lindo. Agradeci novamente e ele disse: ‘É mérito seu’. Isso foi na sexta-feira. No domingo, pela manhã, ele mandou o emoji de uma rosa, que enviou também para várias meninas”, afirmou.

A mulher conta que deixou o projeto após o acusado entrar em contato com ela pedindo para marcar um almoço. Ele teria perguntado se ela estava acompanhada com seu marido, no momento. Ao notar sua resistência, no entanto, José Ildson voltou atrás e disse que o encontro seria para discutir questões do curso, o que não constava na descrição da dinâmica.

No depoimento, a mulher afirmou que José Ildson entrou em contato com ela após sua saída do grupo. Nas novas mensagens, entretanto, sua postura era bem diferente. “Ele disse: ‘O que houve que a senhora saiu do grupo? A senhora estava tão motivada. Mas eu não respondi a realidade, só disse que o projeto não iria dar certo pra mim”.

A denunciante alega que há outras três vítimas, mas que elas não denunciarão. “A pessoa [o apóstolo] se aproveita da fragilidade, pelo fato de a candidata já ter terminado a faculdade e não ter tido uma oportunidade de trabalho. Eu mesma só fui participar porque no anúncio dizia que não precisava de experiência”, conta.

Ao portal, José Ildson disse que não tem conhecimento da primeira denúncia e que pedir massagem durante a entrevista de emprego não faz parte de sua conduta.

Após as denúnias, ele foi exonerado do cargo de assessor parlamentar da senadora Mailza Gomes (PP-AC).

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