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Diretor da PRF presta depoimento na PF por blitze ilegais nas eleições

Silvinei Vasques é investigado por ter dado a ordem de parar veículos de eleitores no 2º turno, sobretudo no Nordeste, reduto de Lula

atualizado

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Silvinei Vasques, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) - Metrópoles
1 de 1 Silvinei Vasques, diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, prestou depoimento na Polícia Federal, na tarde desta sexta-feira (25/11), segundo apurou o Metrópoles. A oitiva, realizada na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, durou cerca de 2 horas.

Vasques é investigado pela PF devido a blitze realizadas nas eleições. Policiais rodoviários federais pararam veículos de eleitores, mesmo com as operações proibidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A Corte vetou tais práticas no dia das eleições justamente para não comprometer o processo. Mesmo assim, policiais rodoviários teriam executado as ações ilegais sob orientação de ofício expedido pelo diretor-geral da corporação.

As ações, realizadas em diferentes estradas, contaram com maior atuação no Nordeste, região em que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve maior quantidade de votos.

Em vídeos que circularam no dia do pleito, vários eleitores nordestinos em transporte público se queixaram de que não estariam conseguindo chegar aos locais de votação. Após a repercussão de imagens que mostram agentes impedindo o trânsito de eleitores, o termo “Deixem o Nordeste Votar” ficou em primeiro lugar entre os assuntos mais comentados no Twitter.

Há um inquérito na PF para apurar esta situação por pedido do Ministério Público Federal (MPF). A Superintendência da PF em Brasília conduz o processo.

Improbidade

Também nesta sexta, Silvinei Vasques virou réu por improbidade administrativa na Justiça Federal do Rio de Janeiro. O Ministério Público Federal (MPF) protocolou o pedido sob a alegação de que o chefe da corporação fez uso indevido do cargo.

De acordo com o MPF, Vasques pediu votos indevidamente ao então candidato à Presidência da República e atual chefe do Executivo federal, Jair Bolsonaro (PL). Ao citar declarações de Vasques durante eventos públicos, o órgão alegou que o diretor usou a PRF para fazer uma “verdadeira propaganda político-partidária”.

“Determino a expedição de mandado de citação da parte ré para oferecimento de defesa, no prazo de 30 (trinta) dias, nos termos do art. 17, § 7º, da Lei nº 8.429/1992. Após, voltem-me conclusos, inclusive para apreciação da medida cautelar requerida”, diz trecho da sentença proferida em 18 de novembro.

O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, chegou a cobrar explicações da polícia rodoviária no dia do pleito que definiu o próximo presidente. Moraes determinou que o diretor-geral da PRF fosse oficiado a “informar imediatamente sobre as razões pelas quais [estavam sendo] realizadas operações policiais”.

No mesmo domingo, Silvinei postou nas redes sociais uma mensagem de apoio a Bolsonaro. Em publicação no Story do Instagram, Vasques divulgou imagem da bandeira do Brasil com a seguinte mensagem: “Vote 22. Bolsonaro presidente”.

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