Diretor da PF comemora reajuste e lamenta por servidores excluídos
Andrei Rodrigues faz crítica à gestão Bolsonaro e explica detalhes da negociação com o governo
atualizado
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O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, vê como um “reconhecimento” ao trabalho da instituição o reajuste salarial para a categoria, anunciado nesta sexta-feira (29/12).
Segundo ele, o gesto da atual administração federal destoa do cenário visto nos “quatro anos do último governo”. “Mostra o compromisso e o respeito do governo federal com a Polícia Federal, que retomou este ano sua institucionalidade e regular funcionamento”, afirmou ao Metrópoles.
O delegado, no entanto, lamentou não ter conseguido um aumento também para os servidores administrativos e maiores índices de reajuste para os agentes. “Queríamos um aumento maior para os agentes, e também para os servidores administrativos, o que não foi possível neste momento.”
Andrei conta que foram meses de tratativas. “Ao fim, o presidente Lula entendeu a importância da reestruturação para a valorização da PF, e o acordo foi proposto pelo Ministério de Gestão e Inovação (MGI) e aprovado pelas entidades de classe.”
Detalhes do reajuste
O governo federal entrou em acordo, na quinta-feira (28/12), com os sindicatos e as associações que representam a PF e a PRF para a reestruturação de algumas carreiras das instituições, o que inclui reajustes escalonados de salários entre 2024 e 2026. As tratativas com os agentes penais ainda são discutidas pelo MGI.
O termo firmado esta semana contempla os seguintes cargos da PF: delegado, perito criminal, agente, escrivão e papiloscopista. Delegados e peritos criminais tidos na categoria especial serão os maiores beneficiários, com o subsídio podendo chegar a R$ 41 mil no fim da carreira.