Diretor da Faculdade de Medicina da UnB diz estar satisfeito com Coronavac
O Hospital Universitário (HUB), em parceria com a UnB, foi um dos 16 centros que participaram dos testes de eficácia e segurança da fase 3
atualizado
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O professor Gustavo Romero, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB) e coordenador do ensaio clínico da Coronavac feito no Distrito Federal, disse nesta terça-feira (12/1), que está satisfeito com os resultados apresentados pela vacina.
“Estamos muito satisfeitos com o resultado da Coronavac. Ter uma vacina que reduz o risco de infecção por Covid em 50% é muito bom, melhor ainda se chega a quase 78% de redução nos casos em que há alguma procura pelo serviço de saúde”, afirmou.
O Instituto Butantan apresentou, também nesta terça-feira, dados sobre a eficácia da Coronavac. Segundo os resultados, o imunizante possui eficácia global de 50,3%. Na semana passada, um outro número havia sido apresentado: 77,9% para a prevenção de casos leves.
“A primeira vista, a ‘redução’ parece estranha, mas não é. Isso porque os dados de eficácia global consideram todos os infectados pelo vírus, mesmo aqueles que tiveram sintomas muito leves, que sequer precisaram procurar um médico”, afirma nota da UnB.
Sobre a eficácia global o professor explica: “Uma eficácia global de 50% significa que as pessoas imunizadas têm 50% menos risco de se infectar e ter sintomas da Covid-19. Por exemplo, se, na população, o risco de infecção é de 5%, ele cai a 2,5% com a vacinação”.
O estudo
O Hospital Universitário (HUB), em parceria com a UnB, foi um dos 16 centros que participaram dos testes de eficácia e segurança da fase 3, na qual é avaliada principalmente a eficácia do imunizante, comparando-a com a aplicação de placebo em um grupo controle. O estudo contou com 946 voluntários e 47 pessoas da UnB e do HUB.
O Butantan afirma que a vacina é segura, com a maioria de reações associadas a inchaço e dor no local da aplicação e somente 0,3% dos participantes relatando reações alérgicas cuja frequência não foi significativamente diferente entre os que receberam vacina e os que receberam placebo.