Roraima propõe interiorização de 500 venezuelanos por dia
O governo estadual sugere ainda que todos os municípios e estados que acolhem imigrantes recebam ajuda financeira por 24 meses
atualizado
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A governadora de Roraima, Suely Campos, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma proposta de acordo para resolver o impasse com a União sobre a crise migratória causada pela entrada de venezuelanos no estado.
Na manifestação, o governo de Roraima propõe a transferência de, no mínimo, 500 pessoas por dia para outras unidades da Federação, para fazer face ao fluxo migratório. Sugere ainda que todos os municípios e estados que acolhem imigrantes recebam ajuda financeira por 24 meses ou enquanto durar a crise migratória.
Na proposta, Roraima insiste que seja repassado pelo governo federal os valores referentes a gastos do Executivo estadual com saúde e educação para atendimento a venezuelanos, bem como que a União promova um programa para os estrangeiros em situação de rua serem encaminhados a abrigos.
No mesmo documento, o governo afirma não ser mais necessária a instalação de um hospital de campanha do Exército na região de Pacaraima, cidade junto à fronteira com a Venezuela, como antes o estado havia pleiteado, desde que a União supra os hospitais locais com os insumos necessários.
Por fim, as autoridades roraimenses pedem ao governo federal para editar uma medida provisória criando o Comitê Federal de Assistência Emergencial, com o objetivo de administrar o acolhimento de migrantes. Roraima também sugere a criação de colônias agrícolas para abrigar venezuelanos que têm aptidão para a área.
O documento foi anexado ao processo no qual o governo estadual pediu ao STF que fechasse a fronteira com a Venezuela. A relatora negou liminar (decisão provisória) nesse sentido e determinou uma conciliação entre o estado e a União para resolver a questão de como administrar a crise migratória.