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ONGs organizam vaquinha para proteger mulheres e pessoas LGBT

A campanha #NinguémFicaPraTrás pretende arrecadar R$ 250 mil para cinco entidades no Brasil

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Bandeira LGBT com silhueta de duas pessoas atrás
1 de 1 Bandeira LGBT com silhueta de duas pessoas atrás - Foto: iStock

Diante de relatos sobre ataques a mulheres, pessoas LGBT, negros e outras minorias atribuídos a apoiadores de Jair Bolsonaro, ONGs organizaram-se para proteger as vítimas. A campanha #NinguémFicaPraTrás pretende arrecadar R$ 250 mil, inicialmente, para fortalecer a atuação de cinco entidades.

Para doar, basta acessar o site. É possível contribuir com a partir de R$ 20. Doações acima de R$ 150 dão direito a recompensa surpresa.

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​ Com uma doação de R$350, você paga uma semana de aluguel da AMAC, que acolhe mulheres vítimas de violência doméstica na Baixada Fluminense. Com R$ 1.200, você cobre os custos das compras dos mantimentos do Grupo Comunidade Assumindo suas Crianças, em Olinda, por um mês.
Com uma doação de R$ 20, você paga uma refeição para um jovem abrigado pela Casinha, que acolhe jovens LGBT em situação de vulnerabilidade ou violência familiar, no Rio de Janeiro.
Ao contribuir com R$ 60, você estará assegurando uma semana de custos dos translados dos voluntários do Coletivo Margarida Alves, que dá apoio jurídico gratuito a coletivos que lutam pelos direitos de comunidades tradicionais, quilombolas, mulheres e da população LGBT em todo o Brasil.
Com R$1.200, você cobre os custos das compras dos mantimentos do Grupo Comunidade Assumindo suas Crianças, em Olinda, por um mês.
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Doando R$150, você paga um dia do aluguel da Casa 01, que acolhe pessoas LGBT em situação de risco, expulsas por suas famílias ou vítimas de violência, no centro de São Paulo.

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​ Com uma doação de R$350, você paga uma semana de aluguel da AMAC, que acolhe mulheres vítimas de violência doméstica na Baixada Fluminense. Com R$ 1.200, você cobre os custos das compras dos mantimentos do Grupo Comunidade Assumindo suas Crianças, em Olinda, por um mês.

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Com uma doação de R$ 20, você paga uma refeição para um jovem abrigado pela Casinha, que acolhe jovens LGBT em situação de vulnerabilidade ou violência familiar, no Rio de Janeiro.

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Ao contribuir com R$ 60, você estará assegurando uma semana de custos dos translados dos voluntários do Coletivo Margarida Alves, que dá apoio jurídico gratuito a coletivos que lutam pelos direitos de comunidades tradicionais, quilombolas, mulheres e da população LGBT em todo o Brasil.

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Com R$1.200, você cobre os custos das compras dos mantimentos do Grupo Comunidade Assumindo suas Crianças, em Olinda, por um mês.


Dez grupos assinam o texto de apresentação da campanha, entre eles o All Out, a Rede Feminina de Juristas, o Nossas e a página Quebrando o Tabu.

“Somos organizações, cidadãs e cidadãos preocupados com o que a vitória de Bolsonaro significa para o país. Preocupados mais ainda com o que essa vitória significa para os grupos que já são alvos de crimes de ódio, que já estão se intensificando. Entendemos que o mais importante no momento é fortalecer essa resistência, de quem está na ponta, na luta diária contra o preconceito e a intolerância. Somos muitos e somos maiores que o ódio”, explicam.

Caso a arrecadação ultrapasse a primeira meta, outras cinco instituições serão beneficiadas.

Conheça as entidades apoiadas:

– A Casa 01 é um centro de acolhimento no centro de São Paulo para jovens LGBTs expulsos por suas famílias e em situações extremas de violência psicológica. A estadia dos acolhidos costuma ter três meses e pode ser estendida. A casa também funciona como centro cultural e tem uma programação diversa.
Como vai usar os recursos: com aluguel de um escritório próprio.
– O coletivo presta assessoria popular a movimentos sociais e grupos organizados que resistem a processos violentos de marginalização e exclusão. As áreas de atuação envolvem o direito à cidade e à moradia, os direitos de comunidades tradicionais, dos quilombolas, das mulheres e da população LGBTQI.
Como vai usar os recursos: com custos de operação e translado de voluntários.

– O Grupo Comunidade Assumindo Suas Crianças, no bairro de Peixinhos, em Olinda, desde 1986 contribui com a melhoria da qualidade de vida das crianças, adolescentes, jovens e mães vítimas de violência urbana, dando atendimento integral às crianças, adolescentes, jovens e famílias

Como vai usar os recursos: com a compra de mantimentos, equipamentos, transporte para eventos e material de divulgação.
– Casinha é um centro de referência, cultura e acolhida para jovens LGBT em situação de vulnerabilidade ou violência familiar no Rio de Janeiro. Ela oferece atividades educacionais e culturais, recuperação psicossocial, moradia, suporte de psicólogos, médicos e assistentes sociais voluntários.
Como vai usar os recursos: Com mantimentos, gastos com energia, água, saneamento e auxílio de custo para uma assistente social.

– A AMAC promove rodas de conversa itinerantes, eventos e oficinas para mulheres vítimas de violência doméstica na Baixada Fluminense. Ela traz mulheres ao lugar de protagonismo social e familiar, inserindo-a no mercado de trabalho e desenvolvendo as localidades em que residem.

Como vai usar os recursos: Com aluguel, traslado de voluntários, mantimentos, e acabamento da sede própria.
A origem do medo
Levantamento inédito realizado pela agência Pública em parceria com a Open Knowledge Brasil revelou que houve pelo menos 70 ataques a minorias relacionados à política, em um período de 10 dias, em outubro.Entre os casos contabilizados pela reportagem da Pública, 14 aconteceram na região Sul, 33 na região Sudeste, 18 na região Nordeste, 3 na região Centro-Oeste e 3 na região Norte.

Em São Paulo, uma travesti foi morta durante uma briga na madrugada de 16/10, no Largo do Arouche, centro de São Paulo. Na ocasião, duas testemunhas afirmaram ter ouvido gritos de “Bolsonaro” e “ele sim” enquanto homens esfaqueavam a vítima.

Um dos casos de violência de maior comoção foi o de mestre Moa do Katendê, morto com 12 facadas por um apoiador do presidente eleito, após ter declarado voto no concorrente petista, em 8/10.

À época dos ataques, Bolsonaro disse lamentar os episódios, mas não ter controle diante da situação. “Será que a pergunta não tem que ser invertida não? Quem levou a facada fui eu. É um cara lá que tem uma camisa minha, comete um excesso, o que eu tenho a ver com isso? Eu lamento, peço que o pessoal não pratique isso, mas eu não tenho o controle”, afirmou ao ser questionado sobre atos de violência cometidos em seu nome.

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