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Com fuzis, militares da Venezuela fazem roubos na fronteira do Brasil

A equipe de reportagem do jornal Folha de S. Paulo chegou a ser perseguida por um desses grupos. Integrantes da comitiva foram assaltados

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crise na venezuela
1 de 1 crise na venezuela - Foto: Valery Sharifulin\TASS via Getty Images

Militares da Venezuela estão roubando pessoas do lado brasileiro da divisa entre os dois países. De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, após o fechamento das fronteiras, decretada pelo presidente venezuelano Nicolás Maduro na última sexta-feira (22/2), trilhas entre os países se transformaram em palco de violência.

É por esses caminhos, teoricamente ilegais, que ocorrem os roubos. A primeira etapa, na região onde estão os postos aduaneiros, que foram palco de dois conflitos entre manifestantes e militares venezuelanos nos últimos dias, seria o mais perigoso de todos.

A trilha, que fica no lado brasileiro, é marcada por bases de concreto pintadas de branco. Na caminhada, segundo a reportagem, venezuelanos que chegavam ao Brasil informavam que os militares do regime de Nicolás Maduro estavam atacando migrantes do lado brasileiro.

Na sequência, a equipe de reportagem do jornal foi perseguida pelos supostos militares. Dois soldados venezuelanos começaram a correr para tentar alcançar o grupo, que incluía um casal formado por uma venezuelana e um paulista. Eles estavam acompanhados por um carregador que, a duras penas, tentava puxar um carrinho com duas malas pelo lavrado (savana), a vegetação típica da região.

A reportagem informou que, por causa da bagagem, o carregador e um dos membros do grupo ficaram para trás e foram alcançados pelos militares venezuelanos. Mesmo estando do lado brasileiro, ficaram sob a mira de fuzis do exército de Caracas e foram obrigados a entregar as duas malas no lado venezuelano.

“Os caras saíram do monte, engatilharam a arma e disseram: ‘Para, para, para, eu também sou malandro’. O cara do carrinho me pediu dinheiro, largou o carrinho, e saiu correndo”, contou o membro do grupo, identificado como Anderson de Moraes, morador de São Paulo.

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