Anonymous divulga dados de supostos participantes de estupro coletivo
Grupo de hackers enviou os dados para o e-mail de seus seguidores. As informações foram divulgadas em uma página na internet
atualizado
Compartilhar notícia
Após ter anunciado na última quinta-feira (26) que iriam iniciar uma “caça” aos participantes do estupro coletivo de uma menina de 16 anos no Rio de Janeiro, o grupo de hackers Anonymous divulgou a identidade de seis supostos participantes do caso em e-mail enviado aos seus seguidores. O grupo batizou as ações de Operação Mulheres Livres e adotou a hashtag #OpMulheresLivres.
Entre as informações divulgadas, estão os nomes completos dos supostos autores, CPF, endereço, telefone, renda e escolaridade, além da ficha policial daqueles com passagens pela polícia. Entre os contatos, no entanto, não há dados de telefones celulares usados pelos autores. O grupo informou que conta com mais dados sobre o grupo, no entanto, esses informações seriam enviados diretamente às autoridades policiais.
Além do e-mail enviado aos seguidores, o grupo também publicou as informações na sua página da internet. No Facebook, que é o maior canal de atuação do grupo, as informações não foram divulgadas.
“A exposição desta figura é muito importante para que se possa facilitar a sua localização junto às autoridades competentes para que possam (sic) dessa maneira localizar ainda os demais envolvidos nessa barbárie”, justificou o grupo no texto enviado aos seguidores. “Não há, infelizmente, justiça que repare a dor e o trauma sofridos, porém, há a urgente necessidade de que indivíduos como estes não continuem soltos junto à sociedade”, prosseguiu o texto.
Junto aos dados dos supostos participantes, o Anonymous também publicou mensagens como “Estupradores não são doentes: são filhos saudáveis do patriarcado” e “A sociedade e o machismo impregnado nela agem muitas vezes de maneira silenciosa. Pessoas banalizam o tempo inteiro e acabam por aceitar sua naturalização, costumeiramente atribuindo a culpa às vítimas das opressões”.
Os dados podem ser consultados na página do grupo.