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Direção do DEM encaminha processo para formalizar fusão com PSL

Por unanimidade, foi autorizada a convocação de uma convenção nacional do DEM para bater o martelo. O encontro deve ocorrer em outubro

atualizado

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Em reunião na noite desta terça-feira (21/9), a Executiva Nacional do Democratas (DEM) decidiu dar o próximo passo à fusão do partido com o Partido Social Liberal (PSL). Por unanimidade — 41 a 0 –, foi autorizada a convocação de uma convenção nacional para bater, de vez, o martelo. O encontro deve ocorrer no dia 5 de outubro.

O PSL deve se reunir ainda nesta semana para também debater o assunto. Caso a junção se concretize, a nova sigla terá a maior bancada na Câmara, com 81 deputados, além de 7 senadores.

“Haverá uma convenção que precisa ser ratificada pelo TSE. Após a ratificação, será criada uma comissão que vai criar os diretórios provisórios. O que foi aprovado hoje foi o início das negociações para a fusão dos partidos”, explicou o deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF).

“É um movimento estratégico e político inteligente, que gera a maior bancada do Congresso Nacional e um papel de protagonismo no cenário para 2022”, ressaltou o deputado Efraim Filho (DEM-PB).

Número do novo partido

De acordo com matéria publicada na coluna Guilherme Amado, do Metrópoles, estão em discussão os últimos detalhes da estrutura do partido que nascerá com a fusão. Falta definir o nome da futura sigla. O certo é que o número 17, do PSL, será abandonado para dissociar por completo o projeto da eleição de Jair Bolsonaro em 2018.

O presidente do PSL, deputado Luciano Bivar, deve ficar com a chefia da nova sigla. Já o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, que preside o DEM, será secretário-geral da legenda.

Pessoas envolvidas nas negociações dizem que a presidência caberá a Bivar porque o PSL possui uma estrutura maior do que a do DEM, tanto em número de cargos relevantes quanto em volume de fundo partidário. Mas ACM não perderá prestígio com o posto que ocupará. “Nenhuma decisão poderá ser tomada sem a assinatura do secretário-geral”, justifica um político envolvido nas tratativas.

Ainda não foi definido quem ficará com a vice-presidência. O advogado Antonio de Rueda, vice-presidente do PSL, pode ser mantido na posição ou assumir a tesouraria do partido. O deputado federal Junior Bozzella, de São Paulo, também pleiteia o cargo.

Fusão

Desde antes do feriado de 7 de setembro, a possível fusão entre as duas legendas ventilava entre os políticos. Até então, líderes do PSL já falavam em um anúncio do novo partido para 21 setembro. No DEM, no entanto, a informação era de que o diálogo estava em fase “preliminar”.

As conversas tiveram início há cerca de um mês. O presidente do DEM, Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), se reuniu com o presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), encontro que contou com a presença do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP). A princípio, a ideia de fusão também envolvia o PP, mas integrantes das legendas apontam que a ideia não prosperou.

“É preciso ver todos os estados”, disse o deputado Efraim Filho (PB), que apontou que as conversas estão longe de ser conclusivas. “Nesse momento, de início de diálogo, a situação local tem muito mais proeminência e protagonismo que a posição nacional”, enfatizou.

Palanque no RS

Outro problema a ser equacionado para uma possível fusão entre as duas siglas seria o posicionamento no âmbito nacional.

O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), chegou a ameaçar deixar a legenda caso o partido optasse por não apoiar a candidatura à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2022.

De acordo com lideranças do DEM, Onyx apresentou ainda um pedido de autonomia para montar o apoio a Bolsonaro no Rio Grande do Sul, onde controla a legenda, mesmo se o possível novo partido optasse por uma posição independente do atual presidente, ou até mesmo na defesa de um candidato próprio.

Uma das possibilidades seria o novo partido encampar a candidatura à Presidência da República do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta.

Onyx, que pretende se candidatar ao governo do estado, recebeu do partido a garantia de que não haveria interferência da direção nacional, o que fez com que ele permanecesse na legenda até o momento.

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