Direção deixa presídio e nega denúncias de regalias para Jairinho
De acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária, as imagens do período que o vereador esteve na unidade já foram enviadas ao MP
atualizado
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Rio de Janeiro – Intengrantes da direção do presídio Frederico Marques, em Benfica, zona norte, pediram exoneração do cargo. Eles negaram que enquanto o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, esteve no local recebeu regalias.
Padrasto de Henry Borel, de 4 anos, ele e a mãe do menino, Monique Medeiros, foram presos acusados do crime no último dia 8. As imagens do período em que o parlamentar e Monique ficaram no local foram encaminhadas ao Ministério Público para investigação.
De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), Jairinho ficou no presídio Frederico Marques apenas duas horas até ser encaminhado para o Presídio Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio. O mesmo ocorreu com Monique, levada para o Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, Região Metropolitana do Rio.
Em nota, a Seap informou que “a direção do Presídio Frederico Marques, em Benfica, foi substituída, a pedido, após discordar das denúncias de supostos privilégios durante a passagem de Jairo Souza Santos Júnior e Monique Medeiros pela unidade”.
Caso Henry Borel
Jairinho e Monique estão com a prisão temporária decretada por 30 dias por determinação do 2º Tribunal do Júri. O menino Henry foi levado pelo casal já morto para o hospital Barra D’or, zona oeste, no dia 8 de março.
Eles alegam acidente doméstico, mas laudo aponta morte violenta por 23 lesões provocadas por agressões. A polícia comprovou que Monique sabia das agressões, como revelou em novo depoimento a babá Thayna de Oliveira Ferreira, que chegou a mentir para a polícia.
O menino revelou para a mãe em conversa por videochamada que apanhava do padrasto. Segundo a polícia, o casal será indiciado por homicídio qualificado e tortura.