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Dino vai à PF contra vereador que ligou pedofilia a ministro do STF

Sandro Luiz Fantinel acusou um ministro do STF de participar de “uma orgia” com crianças no exterior. Ele também tem sido acusado de racismo

atualizado

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Ministro da Justiça, Flávio Dino, aponta para frente durante coletiva no Palácio da Justiça - Metrópoles
1 de 1 Ministro da Justiça, Flávio Dino, aponta para frente durante coletiva no Palácio da Justiça - Metrópoles - Foto: null

Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, afirmou nesta quinta-feira (2/3) que enviará o discurso do vereador de Caxias do Sul Sandro Luiz Fantinel (Patriota) para apreciação da Polícia Federal (PF). Fantinel acusa um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) de participar de uma orgia com crianças no exterior.

“Enviarei hoje o discurso à apreciação da Polícia Federal, já que se cuida de crime contra autoridade federal. Seguimos lutando todos os dias contra mentiras e agressões”, diz o ministro no Twitter.

“Um ministro do Supremo Tribunal Federal participou de uma orgia com crianças fora do Brasil. Como um cara desse vai permitir que sejam criadas leis mais severas para quem comete esse crime aqui dentro? A vergonha começa lá em cima. A gente sempre tirou os exemplos de nossos pais quando éramos crianças e o povo tira o exemplo das autoridades. É triste o futuro que a gente vê”, disse o vereador em uma sessão ordinária na Câmara da cidade, no dia 17 de novembro de 2022.

 

 

Trabalho análogo ao escravo 

O vereador voltou aos holofotes após proferir declarações polêmicas sobre trabalhadores baianos. Como noticiou o Metrópoles no dia 28 de fevereiro, Fantinel usou a tribuna da Câmara municipal para tratar cidadãos baianos de forma preconceituosa e criticou uma operação que resgatou 208 trabalhadores de exploração análoga à escravidão na cidade vizinha, Bento Gonçalves (RS).

O resgate dos trabalhadores, que eram mantidos em alojamento apertado e sem higiene, tratados sob ameaças e até agredidos com choques e spray de pimenta, está causando enorme repercussão desde a semana passada, pois eles eram explorados em grandes vinícolas da região.

Para o vereador, a denúncia foi “exagerada e midiática” e teria sido feita com motivos políticos, como forma de atingir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem o parlamentar é fã. “Como é de costume, o empresário é tratado como vilão”, reclamou. “Agora o patrão vai ter que pagar empregada para fazer limpeza todos os dias para os bonitos? Temos que botar em hotel 5 estrelas para não ter problema com o Ministério do Trabalho?”, questionou ele, antes de partir para as críticas aos baianos – que foram maioria entre os resgatados.

“Agricultores, produtores vou dar um conselho para vocês: não contratem mais aquela gente lá de cima”, disse, referindo-se aos baianos e se colocando à disposição para ajudar a criar “uma linha” para a contratação de argentinos para o trabalho de colheita de uvas.

“Todos os trabalhadores que têm argentinos trabalhando hoje só batem palmas. São limpos, trabalhadores, corretos, cumprem o horário, mantém a casa limpa e no dia de ir embora ainda agradecem o patrão. Agora com os baianos, que a única cultura que eles têm é viver na praia tocando tambor, era normal que fosse ter esse tipo de problema”, disparou o vereador.

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