Dino sobre depoimento de Bolsonaro no caso das joias: “Direito de defesa”
Investigações apuram a tentativa de uma comitiva presidencial entrar no Brasil com joias avaliadas em R$ 16,5 milhões. Bolsonaro depõe na PF
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou, nesta quarta-feira (5/4), que os investigados no inquérito das joias sauditas estão “exercendo seu direito de defesa” durante os depoimentos. As oitivas ocorrem na tarde de hoje, na sede da Polícia Federal, em Brasília.
“Existem múltiplas investigações em andamento. Não se trata de de decisão de governo ou política. Os investigados estão exercendo seu direito de defesa, e a polícia vai apresentar suas conclusões ao Ministério Público”, afirmou Dino durante coletiva no Palácio do Planalto.
As investigações apuram a tentativa de uma comitiva presidencial entrar no Brasil com joias avaliadas em R$ 16,5 milhões, sem pagar impostos à Receita Federal e com a incorporação dos itens milionários diretamente ao patrimônio pessoal do ex-presidente.
No momento, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais cinco pessoas depõem na sede da PF. Outras quatro, sendo uma delas o tenente-coronel Mauro Cid, ex-assessor-chefe militar da Ajudância de Ordens da Presidência da República da gestão Bolsonaro, prestam esclarecimentos na Delegacia Especializada de Combate a Crimes Fazendários, da Superintendência da PF em São Paulo. Todos estão em salas separadas.
Bolsonaro terá de justificar à polícia a entrada irregular de joias da Arábia Saudita no país, desde 2019. O ex-titular do Planalto também deverá responder a perguntas sobre o recebimento de armas, um fuzil e uma pistola, dos Emirados Árabes Unidos.