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Dino quer ação contra racismo sofrido por atletas do Flu na Argentina

“Mais um episódio inaceitável”, condenou o ministro da Justiça, Flávio Dino. Jogadores do Fluminense foram alvos de ataques racistas na 4ª

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Foto colorida de gestos racistas de torcedores do River contra o Fluminense - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de gestos racistas de torcedores do River contra o Fluminense - Metrópoles - Foto: Reprodução

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou, nesta quinta-feira (8/6), que pedirá providências das autoridades argentinas contra os atos racistas sofridos pelos jogadores do Fluminense, na quarta-feira (7/6), em Buenos Aires. O time brasileiro perdeu para o River Plate por 2 a 0 em jogo válido pela quinta rodada da fase de grupos da Copa Libertadores da América.

“Mais um episódio inaceitável. Irei solicitar formalmente a atuação das autoridades competentes da Justiça e Segurança da Argentina”, escreveu nas redes sociais.

Dino compartilhou vídeo publicado pelo jornal O Globo em que torcedores do River Plate fazem gestos imitando macacos, durante a chegada do Fluminense ao Estádio Monumental de Núñez.

Nessa quarta, antes do jogo, a Conmebol, que organiza a Libertadores, afirmou que faria ações para conscientizar os atores do futebol para frear o racismo dentro e fora dos estádios. A proposta é, em quatro jogos do campeonato, dar visibilidade para o problema “que afeta a sociedade e o futebol”. Um deles foi o jogo entre River Plate e Fluminense.

“A Conmebol insta os clubes participantes a divulgarem mensagens educativas e de conscientização, desenvolvendo ideias e estratégias para promover os valores esportivos e erradicar todo tipo de discriminação no futebol”, diz o comunicado.

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Outros casos

Esse é mais um caso de racismo contra jogadores brasileiros de futebol. Mais recentemente, também ganharam repercussão os ataques direcionados ao atacante brasileiro Vinicius Júnior, do Real Madrid. O último ocorreu em 21 de maio, na derrota da equipe dele para o Valencia, pelo Campeonato Espanhol, organizado pela LaLiga.

Ao todo, foram dez ataques contra Vini Jr. Desde 2021. Em um deles, torcedores do Atlético de Madri penduraram, enforcado, em uma ponte na capital espanhola, um boneco preto inflável com a camisa 20 do Real Madrid, usada pelo atacante brasileiro.

Nesta semana, a Comissão Espanhola Antiviolência — órgão colegiado do Conselho Superior de Desporto da Espanha — propôs a aplicação de multa de € 60 mil (o equivalente R$ 316,8 mil) e veto por dois anos em ambientes esportivos aos quatro suspeitos de pendurar o boneco. Os torcedores foram identificados como integrantes de uma torcida organizada e seguem sob investigação do tribunal de Justiça por crime de ódio.

A comissão, que cuida de casos de racismo, xenofobia e intolerância em atividades esportivas, também sugeriu o aumento do valor da multa — de € 4 mil para € 5 mil (R$ 26 mil reais) — aos três indivíduos identificados de proferirem insultos racistas no jogo contra o Valencia. Os setes torcedores chegaram a ser presos no mês passado, mas foram liberados na sequência.

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