Dino vê “execução” de médicos ligada a deputados; PF vai investigar
O ministro Flávio Dino levantou a hipótese de que o crime tenha relação com a atuação de dois parlamentares federais
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou, na manhã desta quinta-feira (5/10), que a Polícia Federal (PF) acompanhe as investigações sobre a morte de três médicos paulistas assassinados em um quiosque no Rio de Janeiro.
“Em face da hipótese de relação com a atuação de dois parlamentares federais, determinei à Polícia Federal que acompanhe as investigações sobre a execução de médicos no Rio. Após essas providências iniciais imediatas, analisaremos juridicamente o caso. Minha solidariedade à deputada Sâmia, ao deputado Glauber e a familiares”, escreveu Dino no X, antigo Twitter.
Uma das vítimas é irmão da deputada federal Sâmia Bomfim. Ele estava na cidade para participar do Mifas, um congresso internacional de cirurgia, que começa na tarde desta quinta e vai até sábado (7/10).
Uma força-tarefa da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ), instaurou um inquérito para investigar o homicídio. Além disso, o número 2 da Justiça, Ricardo Cappelli, viaja ao RJ para acompanhar as investigações.
Assassinato de médicos
O caso ocorreu na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, próximo a um quiosque na altura do Posto 4, quando um grupo saiu de um carro e atirou contra os médicos. Os profissionais de medicina mortos eram especializados em ortopedia e foram identificados como Perseu Ribeiro de Almeida, 33; Marcos Andrade Corsato, 63; e Diego Ralf Bomfim, 35.
Os criminosos atiraram, ao menos, 20 vezes contra os profissionais da saúde, em um período de 20 segundos. Um dos homens ainda voltou ao local, depois que uma das vítimas tentou se abrigar.
Veja o momento da execução dos médicos:
As testemunhas confirmaram que os assassinos estavam fortemente armados e que, antes de atirarem nas vítimas, eles haviam desembarcado de um veículo.