Dino alfineta alvos de operação contra Mauro Cid, pai e Wassef: “Caminho clássico para corrupção”
Operação da PF investiga peculato e lavagem de dinheiro por parte de Mauro Cid, o pai dele, Frederick Wassef e tenente do Exército
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP) Flávio Dino (PSB) se pronunciou, nas redes sociais, sobre a Operação Lucas 12:2, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (11/8). A ação tem como alvo o general do Exército Mauro César Lourena Cid; o filho dele, o tenente-coronel Mauro Cid; o tenente do Exército Osmar Crivelatti, também ex-ajudante de ordem de Jair Bolsonaro; e o advogado Frederick Wassef.
“É um caminho clássico de corrupção e lavagem de dinheiro”, escreveu Dino.
Flávio Dino ainda postou no Twitter que “muitos veem como um crime ‘seguro'” e que, por isso, era preciso investigar o assunto. Apesar de não citar abertamente a operação e nem os alvos de mandados de busca e apreensão da PF, conforme noticiou a coluna do jornalista Igor Gadelha, no Metrópoles, a publicação ocorre no mesmo dia, e poucos minutos depois, dos grandes veículos de imprensa noticiarem o fato.
Confira o post de Flávio Dino
Há muitos estudos que mostram que compra e venda de joias é um caminho clássico de corrupção e lavagem de dinheiro. Muitos veem como um crime “seguro”, que ficará escondido para sempre. Por isso, é essencial sempre investigar o assunto, quando há indícios de ilegalidades
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) August 11, 2023
Entenda a operação
A relação entre venda de presentes oficiais e o nome de Mauro Cid apareceu há alguns dias. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos de 8 de janeiro teve acesso a e-mails em que o tenente-coronel Mauro Cid negocia um relógio Rolex, de US$ 60 mil (cerca de R$ 300 mil), recebido em viagem oficial.
A Operação Lucas 12:2 investiga atuação de associação criminosa de peculato e lavagem de dinheiro. De acordo com a corporação, os investigados utilizariam “a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior”.