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Dino nega que Lula tenha voltado atrás ao aplicar GLO no Rio

O presidente havia demonstrado desinteresse na Garantia de Lei e Ordem (GLO). Dino, ministro da Justiça, explicou a especificidade do caso

atualizado

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1 de 1 imagem colorida lula e dino - metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, negou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha voltado atrás sobre a Garantia de Lei e Ordem (GLO), implementada nesta quarta-feira (1º/11), com foco no Rio de Janeiro e fronteiras.

Essa GLO está incidindo sobre áreas federais. Quando o presidente falou reiterada vezes antes, inclusive semana passada, ele se referia em GLO em bairros, ruas, comunidades etc. Isso não está ocorrendo, essa GLO incide sobre áreas que já são federais”, reforçou Dino.

No entanto, Lula, na sexta-feira (27/10), havia reiterado o desinteresse em acionar a medida: “Enquanto eu for presidente, não tem GLO. Não quero Forças Armadas nas favelas, não vai ter intervenção”, comentou o presidente em café da manhã com jornalistas.

Dino falou que a situação do Rio é diferente, e ele trabalha em dois eixos. “O primeiro é a inteligência financeira, tirar dinheiro do crime organizado; e o (segundo) eixo logístico, temos ponto de abastecimento de tráfico de drogas e armas em torno do Rio de Janeiro e no Rio de Janeiro. Esse foi o critério, e o presidente aprovou, para essa GLO”, afirmou o ministro da Justiça.

GLO no Rio

Nesta tarde, o presidente anunciou a aplicação da Garantia de Lei e Ordem. Na prática, as Forças Armadas poderão atuar como polícias dentro de portos, aeroportos e fronteiras. Esse é mais um esforço do governo federal para conter o crime organizado no Rio de Janeiro.

“Em regime normal, as operações são limitadas. No aeroporto, Exército e Aeronáutica não podiam abrir uma bagagem no aeroporto, agora, podem”, afirmou o ministro da Defesa, José Múcio.

Serão utilizados 3,7 mil agentes de segurança das Forças Armadas na operação, que vai até maio de 2024.

A GLO só pode ser implementada pelo Executivo e em casos de anormalidade, quando se entende que as forças de segurança pública não conseguem, sozinhas, enfrentar uma crise.

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