Dino mobiliza Força Nacional para combater incêndios no Amazonas
As queimadas, que já atingiram nível histórico para o mês, dificultam a respiração e a sobrevivência de comunidades ribeirinhas
atualizado
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Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino disse ter conversado com o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), nesta quinta-feira (12/10). Os dois trataram do combate aos graves incêndios que acometem o estado. Os focos de calor trazem malefícios à saúde e chegaram a interromper o ano letivo em Manaus.
Pela rede social X, antigo Twitter, Dino falou ter atendido orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e mobilizou a Força Nacional para controlar os incêndios florestais pelo estado.
Conversei agora com o governador do Amazonas, Wilson Lima. Atendendo à orientação do presidente Lula, e à vista da solicitação do governador e da bancada federal amazonense, vamos mobilizar mais efetivo da Força Nacional para reforçar as nossas equipes que já estão lá combatendo…
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) October 12, 2023
Nessa quarta-feira (11/10), Manaus se tornou o pior lugar do mundo para respirar após a fumaça das queimadas se espalhar pela capital. A má qualidade do ar foi medida pelo World Air Quality Index, base de monitoramento do nível de poluição atmosférica.
Segundo o Greenpeace Brasil, as queimadas no sul do estado têm gerado uma nuvem de fumaça densa na capital amazonense. A maior intensidade dos incêndios é causada pelo fenômeno climático El Ninõ, que aquece as águas do Oceano Pacífico e piora a seca no Norte.
Informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam um novo recorde para este mês, que já tem a maior média histórica de queimadas em outubro. Durante os primeiros 10 dias, houve registro de 2.684 pontos de calor. Os municípios com mais queimadas são Lábrea (344), Boca do Acre (263) e Novo Aripuanã (245).
Rotina alterada em Manaus
A crise da seca combinada com as queimadas atrapalha a rotina da população de Manaus, já que o Rio Amazonas passa por uma baixa histórica. Devido aos transtornos, a prefeitura da capital adiantou o fim do período letivo das escolas ribeirinhas.
A situação climática gera outras repercussões para as comunidades dependentes do rio, porque elas não conseguem mais pescar para se alimentar, utilizar o rio como transporte e meio de distribuir mantimentos.