Dino: imagens de agressão a Moraes em Roma chegam ao Brasil até sexta
Alex Zanatta Bignotto disse à Polícia Federal, neste domingo, que não ofendeu o ministro Alexandre de Moraes em Roma
atualizado
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Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, as imagens da agressão ao ministro Alexandre de Moraes e aos seus familiares, ocorrida durante uma viagem à Itália, chegam para análise das autoridades brasileiras até a próxima sexta-feira (21/7). A informação foi confirmada ao Metrópoles pela assessoria do ministro.
Na última sexta-feira (14/7), Moraes foi hostilizado por um grupo de brasileiros no aeroporto de Roma. De acordo com relatos, o filho do ministro teria sido agredido fisicamente. Os envolvidos no ataque foram identificados como Andreia Munarão, Alexandre Zanatta e o empresário Roberto Mantovani Filho.
A Polícia Federal (PF) solicitou, nesta segunda-feira (17/7), os registros das câmeras de segurança do aeroporto, via canais de cooperação internacional. A expectativa é que o material sirva para eliminar o conflito dos depoimentos dados pelos envolvidos no caso.
Caso a versão de Moraes seja confirmada pelas imagens, os três possíveis agressores podem ser indiciados por crimes contra a honra, agressão e atos antidemocráticos. A pena é de até 8 anos de prisão.
Hostilizado no aeroporto
Moraes retornava ao Brasil com a família após palestrar no Fórum Internacional de Direito, na Universidade de Siena. De acordo com a Polícia Federal (PF), em informações confirmadas ao Metrópoles, a família foi abordada por uma mulher identificada como Andreia Munarão, que xingou o ministro de “bandido, comunista e comprado”.
O marido de Andreia, o empresário Roberto Mantovani Filho, 71 anos, juntou-se a ela. Foi Mantovani quem teria agredido fisicamente o filho do ministro. O casal vive em Santa Bárbara D’Oeste, no interior de São Paulo.
Em depoimento à PF, Alex Zanatta Bignotto, genro de Roberto Mantovani, negou ter proferido ofensas ao magistrado. A informação é do advogado Ralph Tórtima Stettinger Filho, que representa os três suspeitos.
“Não houve nada direcionado ao ministro, não houve ofensa, eles negam isso”, afirmou o advogado. Segundo ele, seus clientes apenas testemunharam Alexandre de Moraes sendo ofendido por outras pessoas dentro do aeroporto, enquanto aguardavam para acessar a sala VIP.