Chacina em PE: Dino diz que federalização do caso não está definida
Dois policiais, um suspeito de matá-los e cinco pessoas da família dele foram mortos nas cidades de Camaragibe e Paudalho, em Pernambuco
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), comentou nesta quarta-feira (20/9) sobre a possibilidade de federalização da investigação sobre a chacina que aconteceu em Pernambuco na última semana.
Um suspeito de matar dois policiais e cinco pessoas da família dele foram assassinados na sexta-feira (15/9) em Camaragibe (PE) e Paudalho (PE). No total, oito pessoas morreram em menos de 24 horas.
“A federalização depende da demonstração da ineficácia das polícias locais. Então, não há hoje nenhum indicador de que a investigação não esteja ocorrendo”, explicou Dino ao ser questionado pelo Metrópoles, durante um evento no Palácio da Justiça, em Brasília (DF).
Veja quem são as vítimas:
O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) abriu dois procedimentos investigatórios criminais (PICs) para apurar o caso. Em paralelo, é realizada uma investigação da Polícia Civil. Testemunhas começaram a prestar depoimentos nesta semana.
Dino também comentou que tem realizado parcerias com o governo de Pernambuco para a transferência de presos perigosos e o ministério está disponível caso haja pedido de colaboração da governadora Raquel Lyra (PSDB-PE) para o caso da chacina.
Entenda o caso
Os policiais militares Eduardo Roque, de 33 anos, e Rodolfo José, de 38, foram assassinados durante uma averiguação de denúncia de disparo de arma de fogo, em Camaragibe (PE), região metropolitana de Recife (PE), na quinta-feira (14/9). Na ocorrência, uma mulher grávida e um adolescente foram baleados e estão hospitalizados.
Já durante a madrugada de sexta-feira (15/9), homens encapuzados executaram três irmãos do suspeito de matar os policiais, também em Camaragibe (PE). Morreram Ágata Ayanne, de 30 anos, Amerson Juliano, de 25, e Apuynã Lucas, também de 25. Ágata inclusive transmitiu a própria morte ao vivo pelo Instagram.
Na manhã do mesmo dia, foram encontrados os corpos de Maria José Pereira da Silva e Nathália Nascimento, mãe e companheira do suspeito de matar os PMs. Elas foram encontradas com marcas de tiros em um canavial de Paudalho (PE). Testemunhas apontam que elas foram sequestradas antes de serem executadas.
Por fim, o suspeito de matar os policiais, Alex da Silva, o Alex Samurai, de 33 anos, foi morto em uma ação policial na manhã de sexta. Ele não tinha antecedentes criminais e tinha registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC).