Dino descarta intervenção federal na Bahia: “Quadro é desafiador”
Onda de violência, com mortes em confrontos de policiais e organizações criminosas, está crescente na Bahia
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino afirmou, neste domingo (24/9), que o quadro na Bahia é “muito desafiador”. O estado vive clima de tensão no último mês, com frequentes confrontos entre policiais e organizações criminosas, com a morte de ao menos cinco suspeitos e um policial federal na Operação Fauda, da Polícia Federal (PF), na última semana.
“É um quadro, sem dúvida, muito desafiador, muito difícil e o que nós do governo federal fizemos nesse momento foi fortalecer a presença da Polícia Federal pra apoiar essas ações, sobretudo visando a pacificação”, explicou Dino.
O ministro participou da cerimônia que concedeu a medalha da Ordem do Mérito, no grau de Grã-Cruz, ao Padre Júlio Lancellotti. O evento foi realizado na capital paulista.
Dino descartou, porém, intervenção federal no estado. “A intervenção federal só é usada quando você não consegue pelos caminhos da conversa, do diálogo, trabalhar conjuntamente. No caso da Bahia, nós temos conversado com o governador, com o secretário de segurança, para que haja um aperfeiçoamento, um aprimoramento dessas ações”, disse o ex-governador do Maranhão.
Confronto em Crisópolis
Cinco homens foram mortos a tiros na madrugada deste sábado (23/9) durante um confronto com a Polícia Militar, em Crisópolis, a 212 km de da capital da Bahia, Salvador.
Eles eram suspeitos de participar de uma organização criminosa apontada pela prática de tráfico de drogas e homicídios na Bahia. Segundo informações da Polícia Militar, um inquérito foi instaurado para apurar a situação. As informações foram confirmadas pelo portal Bahia Notícias, parceiro do Metrópoles.
De acordo com a PM, os agentes foram informados de que havia homens armados vendendo drogas nas ruas do município. Após uma troca de tiros, um homem foi encontrado ferido e encaminhado para o hospital, mas faleceu na unidade de saúde.
Já durante as operações contra os suspeitos de tráfico, houve uma nova troca de tiros, com quatro feridos que também não resistiram. Segundo os militares, além de cocaína e maconha, foram apreendidos uma espingarda, três revólveres, munições e uma submetralhadora.