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Dino demite policiais que asfixiaram Genivaldo em viatura da PRF em Sergipe

Genivaldo de Jesus foi morto após ser abordado por agentes da PRF por pilotar uma motocicleta sem capacete, em maio de 2022

atualizado

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Imagem colorida de Genivaldo sendo assassinado por agentes da PRF - Metrópoles
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou nesta segunda-feira (14/8) que assinou a demissão dos três policiais rodoviários federais acusados de asfixiar e matar Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos. A vítima morreu durante uma abordagem, ao inalar fumaça dentro de uma viatura da corporação, na cidade de Umbaúba, em Sergipe, em maio de 2022.

“Estou assinando a demissão de três policiais rodoviários federais que, em 2022, causaram ilegalmente a morte do sr. Genivaldo, em Sergipe, quando da execução de fiscalização de trânsito”, comunicou o ministro, nas redes sociais.

E prosseguiu: “Não queremos que policiais morram em confrontos ou ilegalmente matem pessoas. Estamos trabalhando com estados, a sociedade civil e as corporações para apoiar os bons procedimentos e afastar aqueles que não cumprem a lei, melhorando a segurança de todos”.

Dino afirmou ainda ter determinado “a revisão da doutrina e dos manuais de procedimentos da Polícia Rodoviária Federal, para aprimorar tais instrumentos, eliminando eventuais falhas e lacunas”.

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Paulo Rodolpho Lima Nascimento, policial envolvido na abordagem
William de Barros Noia
Viatura da PRF: Genivaldo morreu por asfixia dentro de veículo
Manifestantes pediram justiça em ato de protesto após morte de homem por asfixia
Genivaldo foi morto por policiais em uma "câmara de gás" improvisada
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Genivaldo tinha 38 anos e sofria de esquizofrenia

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Paulo Rodolpho Lima Nascimento, policial envolvido na abordagem

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Viatura da PRF: Genivaldo morreu por asfixia dentro de veículo

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Manifestantes pediram justiça em ato de protesto após morte de homem por asfixia

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Genivaldo foi morto por policiais em uma "câmara de gás" improvisada

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Moradores protestam contra morte de Genivaldo, ocorrida após abordagem da PRF

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Abordagem da PRF a Genivaldo: sem capacete

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O processo administrativo disciplinar que apurou a ação dos policiais rodoviários federais envolvidos na morte de Genivaldo foi concluído pela Corregedoria-Geral da PRF no início deste mês.

O documento com mais de 13 mil páginas recomenda a demissão dos três agentes diretamente ligados à abordagem que terminou na morte do motociclista. O texto ainda indica a suspensão de outros dois agentes envolvidos no caso, por preencherem o boletim de ocorrência de forma inadequada.

O processo administrativo foi encaminhado à pasta liderada por Flávio Dino em 2 de agosto e, desde então, aguardava a palavra final do ministro.

Relembre o caso

Genivaldo morreu durante uma abordagem de policiais rodoviários federais na BR-101, em Umbaúba (SE), no dia 25 de maio de 2022, depois de ter sido trancado no porta-malas de uma viatura da PRF e submetido à inalação de gás lacrimogêneo.

A certidão de óbito entregue pelo IML à família no dia seguinte à morte apontou asfixia e insuficiência respiratória. Segundo o boletim de ocorrência, o homem foi abordado por estar sem capacete conduzindo uma motocicleta.

Veja imagens:

Tribunal do Júri

Em julho, o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) confirmou os crimes pelos quais os três policiais rodoviários federais acusados de envolvimento na morte de Genivaldo responderão no tribunal do júri. Eles serão julgados por homicídio triplamente qualificado e tortura.

Paulo Rodolpho, Kléber e William foram denunciados pelo MPF em outubro de 2022. De acordo com a denúncia, os policiais rodoviários federais “contrariaram normativos, manuais e o próprio padrão operacional adotado pela PRF e executaram múltiplos atos de violência contra Genivaldo de Jesus Santos, que estava sob a autoridade deles enquanto policiais rodoviários federais”.

Em janeiro, a Justiça de Sergipe determinou que os agentes da PRF envolvidos no caso sejam submetidos a júri popular pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado.

Em abril, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a prisão dos três policiais rodoviários federais acusados pela morte de Genivaldo de Jesus Santos por asfixiamento em uma viatura da corporação, em maio de 2022.

Os ministros da 6ª Turma do tribunal decidiram manter a prisão preventiva por entenderem que os policiais agiram com força desproporcional e contrariamente às normas internas. Além disso, os magistrados consideraram que a vítima tinha problemas mentais e não ofereceu resistência à abordagem.

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