Dino defende transferência de Marcola para o DF: “Não é achismo”
Marcola voltou para Brasília após planejamento de tentativa de fuga em Rondônia. Secretário de Segurança do DF critica medida
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, defendeu nesta segunda-feira (6/2) a transferência do chefe do PCC Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, para um presídio federal em Brasília (DF).
Marcola foi transferido de Rondônia para a Penitenciária Federal em Brasília no dia 25 de janeiro. Na quinta-feira (2/2), em entrevista para a coluna Grande Angular, do Metrópoles, o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Sandro Avelar, disse que é “absolutamente indesejável” a permanência de Marcola em Brasília. Segundo ele, isso poderia atrair células do crime organizado.
Agora, Dino disse que não há previsão de uma nova transferência de Marcola e defendeu que a decisão pela transferência foi científica. “Não é achismo”.
“Em relação a essa transferência para Brasília, sempre é muito controvertido, o que podemos afirmar é que o lastro foi científico, não é achismo. Havia um planejamento, uma tentativa de fuga no presídio em Rondônia, onde ele estava. Havia uma fragilização que foi identificada e por isso, o secretário Rafael Velasco (Secretário Nacional de Políticas Penais) determinou essa transferência com nosso apoio”, afirmou Flávio Dino.
“A transferência foi feita e nós temos convicção que o sistema prisional federal de Brasília tem todas as condições como sempre teve e há providências complementares”, disse ainda o ministro.
Flávio Dino contou que mobilizou a força tática nacional do sistema prisional, que garantiu não haver sinal de planejamento de fuga no DF. “Se houve esse sinal, providências serão tomadas. Hoje, não há nenhum planejamento de nenhuma mudança em relação a isso”.
A declaração de Dino aconteceu em coletiva no Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), nesta quinta, durante a cerimônia de posse do novo secretário Nacional de Políticas Penais, Rafael Velasco, e dos novos conselheiros do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP).