Dino: contingente policial em território yanomami será reforçado
Em conversa com jornalistas, Flávio Dino disse que o aumento de efetivo foi definido em reunião na Casa Civil nesta terça-feira (9/5)
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou, nesta terça-feira (9/5), que a pasta irá reforçar o efetivo de autoridades de segurança na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.
A declaração foi dada após audiência na Comissão de Segurança Pública (CSP) no Senado Federal. Em conversa com jornalistas, o ministro disse que o aumento de efetivo foi definido em reunião na Casa Civil.
Nas últimas semanas, o território tem sido alvo de confrontos entre autoridades de segurança, indígenas e garimpeiros. Em menos de duas semanas, 14 mortes foram registradas.
“Nós definimos, em reunião na Casa Civil, que haverá uma última fase da operação de desintrusão no território yanomami, em que haverá um comando presencial, local, para ajudar o comando que lá já existe. Teremos reforço de contingente, tanto da Força Nacional, quanto das Forças Armadas, das instituições policiais”, disse.
De acordo com o ministro, a pasta conta com efetivo de 500 integrantes da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e Força Nacional. A previsão é de que o número aumente nos próximos dias.
Segundo Dino, as autoridades esperam que não haja confronto na desintrusão. “Os confrontos não são uma orientação do nosso governo para a polícia, mas é claro que as polícias estão aptas se necessário”, disse.
Violência na região Yanomami
Desde janeiro, a Terra Indígena Yanomami está em emergência de saúde pública em razão do cenário de desassistência a indígenas que, impactados pelo avanço do garimpo ilegal, enfrentam doenças como malária e desnutrição.
Nos últimos dias, ao menos 14 mortes foram registradas na região. No sábado, o corpo de uma mulher foi encontrado com sinais de violência na terra Yanomami.
Em 29 de abril, um yanamomi de 36 anos morreu após ter sido baleado por garimpeiros ilegais que atuam na região. Nesta semana, outros 12 garimpeiros morreram.
O corpo da mulher encontrado no sábado estava próximo da cratera onde oito garimpeiros foram assassinados na semana passada, na região da comunidade Uxiu, que tem forte presença de garimpo no território.