Dino confirma mandado de prisão contra suspeito da morte de Marielle
Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e sete de busca e apreensão no Rio de Janeiro, onde ocorreu o assassinato de Marielle
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Flávio Dino, anunciou que a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro cumprem, na manhã desta segunda-feira (24/7), um mandado de prisão preventiva e outros sete de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Conforme adiantou a coluna Na Mira, do Metrópoles, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, foi preso preventivamente no âmbito da Operação Élpis, primeira fase da investigação que apura os crimes contra a vereadora e o motorista, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves.
“Hoje, a Polícia Federal e o Ministério Público avançaram na investigação que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. Foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão”, escreveu Dino no Twitter.
Viúva após aniversário da morte de Marielle: “60 meses sem justiça”
Detalhes da operação serão divulgados às 9h em entrevista coletiva no Ministério da Justiça e Segurança Pública,em Brasília.
5 anos sem solução
Marielle e Anderson foram executados em março de 2018, no Rio de Janeiro, e a investigação ainda não foi concluída. Desde fevereiro, o caso é investigado pela PF. Até hoje, a identidade do mandante do crime e o motivo da execução não foram esclarecidos.
O policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de ter feito os disparos que mataram a vereadora e o motorista, e o ex-policial militar Elcio de Queiroz, suspeito de dirigir o carro que perseguiu a política após ela sair de um evento na Lapa, zona central do Rio, foram presos em 2019.
Eles jamais revelaram quem mandou matar Marielle e Anderson. Os suspeitos respondem por duplo homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, mediante emboscada e impossibilidade de defesa das vítimas. Os suspeitos permanecem detidos preventivamente, sem que o júri popular tenha sido marcado.
Após assumir o terceiro mandato, em janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu ações concretas sobre o tema.
Alinhado à proposta do presidente, o ministro Flávio Dino tomou como tarefa pessoal a elucidação do caso: nas palavras dele, a resolução do crime é uma “questão de honra”. Em fevereiro, Dino determinou que a Polícia Federal entrasse na investigação, e designou o delegado Guilhermo Catramby para conduzir o inquérito.