Dino classifica negociação de joias de Bolsonaro como “comércio criminoso”
A declaração de Dino repercute operação da Polícia Federal (PF) contra pessoas do entorno de Bolsonaro na manhã desta sexta-feira (11/8)
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, classificou como “comércio criminoso” a negociação de joias promovidas por assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração repercute operação da Polícia Federal (PF) contra pessoas do entorno de Bolsonaro na manhã desta sexta-feira (11/8).
“Há direta relação entre o desespero golpista e o comércio criminoso de joias milionárias. Ou seja, era uma tentativa de golpe monetizado. Acima de tudo e de todos, estava o vil metal – Mamom – e não Deus ou o Brasil”, afirmou Dino.
Nesta segunda (11/8), a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços relacionados ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid; contra o pai dele, Mauro Cesar Lourena Cid; o ex-advogado de Bolsonaro Frederick Wassef; e Osmar Crivelatti.
A ação mira recebimento de presentes no exterior pelo Estado brasileiro e, depois, comercializados para lucro próprio. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou busca e apreensão contra os investigados no escopo do inquérito que apura as milícias digitais.
Documento da Polícia Federal que embasou busca e apreensão contra uma “organização criminosa de peculato e lavagem de dinheiro” levanta a suspeita de que Bolsonaro receberia a verba das vendas irregulares de presentes em dinheiro vivo.
No documento enviado a Moraes, a PF aponta que as mensagens trocadas entre os ex-assessores mostram haver “um esquema de peculato para desviar ao acervo privado do ex-Presidente da República Jair Bolsonaro, os presentes de alto valor recebidos de autoridades estrangeiras, para posterior venda e enriquecimento ilícito do ex-presidente”.