Dino associa golpistas de 8/1 a assassinos de crianças em escolas
“O paradigma de organização do mundo que golpistas e assassinos de crianças têm é o mesmo; é a mesma matriz de pensamento”, disse ministro
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que a “ideia de violência extremista” liga golpistas políticos que invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes da República, em 8 de janeiro, a assassinos de crianças em escolas e creches. “Tem influência da ideia de violência extremista a qualquer preço, a qualquer custo”, disse Dino, nesta segunda-feira (10/4), em conversa com jornalistas na saída do evento no Palácio do Planalto que marcou os primeiros 100 dias de governo Lula.
Dino falava das consequências e investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, quando militantes bolsonaristas inconformados com a derrota eleitoral invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).
“Do ponto de visto político, eu posso dizer que já melhorou muito em relação às questões democráticas”, começou o ministro. “Se nós olharmos 100 dias atrás, havia muitas indagações em relação às condições de governabilidade. O extremismo político acabou fazendo com que se ampliasse o apoio ao governo, não só social como também institucional”, continuou ele, que em seguida falou sobre a relação entre aqueles eventos e os ataques a escolas e creches, como o que ocorreu em Blumenau na semana passada, deixando quatro crianças mortas.
“A questão hoje remanescente é a responsabilização das pessoas que engendraram esse planejamento golpista durante meses, e os ecos, as reverberações da violência que permanecem. Por exemplo, estamos agora às voltas com essas ameaças relativas a escolas. Nós temos uma ligação entre uma coisa e outra”, avaliou Dino. “Tem influência da ideia de violência extremista a qualquer preço, a qualquer custo. O ethos, o paradigma de organização do mundo que golpistas políticos e agressores de crianças, assassinos de crianças têm é o mesmo; é a mesma matriz de pensamento: a matriz da violência”, afirmou o ministro da Justiça.
“Então, nós temos uma luta cotidiana, porque nesse aspecto o nível de destruição foi muito grande. E a resposta que nos cabe é a resposta da responsabilização. É dar punição para essas pessoas que violam a lei e, claro, dar prevenção, como nós estamos fazendo cotidianamente”, concluiu Flávio Dino.