Dino alega “ameaça à sua integridade” para não ir a comissão da Câmara
Ministro da Justiça, Flávio Dino não atendeu novamente a convocação da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado
atualizado
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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, preferiu, novamente, não atender à convocação para audiência pública da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados. A sessão foi marcada para esta terça-feira (24/10), depois da ausência do ministro na mesma comissão em 10 de outubro.
Em ofício encaminhado ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), Dino afirma que as falas de membros da comissão diante de sua ausência anterior se configuram em uma “grave ameaça à sua integridade física”, caso ele comparecesse. A justificativa do ministro cita falas como “Vem buscar minha arma aqui, seu merda”, do deputado federal Sargento Fahur (PSD-PR).
“Esses fatos objetivos levaram a que o setor de segurança deste ministério recomende o não comparecimento à citada convocação, à vista do elevado risco de agressões físicas e morais, inclusive com ameaças de uso de arma de fogo”, argumenta o ministro.
O presidente da comissão, deputado federal Sanderson (PL-RS), defende que, por não atender à convocação dos parlamentares, Dino comete crime de responsabilidade. Membros da oposição ao governo federal defendem que o ex-governador do Maranhão seja representado à Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Em respeito a essa Casa Parlamentar, que tive a honra de integrar, reitero que coloco-me à disposição para comparecer à Comissão-Geral no Plenário para que, simultaneamente, eu possa atender a todos os pedidos de esclarecimento com a devida segurança”, reitera Dino no ofício enviado a Lira.