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“Dias muito difíceis”, diz mãe de jogador que conseguiu deixar Ucrânia

Bruno Ernandes e um companheiro de clube conseguiram uma rota pela Moldávia. Os dois devem chegar ao Brasil nessa terça-feira (1°/3)

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Bruno Ernandes, jogador brasileiro que fugiu da Ucrânia, tira foto com colega em ambiente interno, com malas de viagem - Metrópoles
1 de 1 Bruno Ernandes, jogador brasileiro que fugiu da Ucrânia, tira foto com colega em ambiente interno, com malas de viagem - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes sociais

Rio de Janeiro – Elaine Lemos, mãe do jogador de futebol Bruno Ernandes, que tentou por dois duas fugir da Ucrânia e está prestes a voltar ao Rio de Janeiro, diz ter passado mal enquanto o filho arrumava uma forma de deixar o país: “Muita angústia, sensação de impotência”.

“Passei mal na quinta-feira. Foram dias muito difíceis, mas Deus colocou um anjo no caminho dele. Graças a Deus deu tudo certo. Agora eu só quero que chegue amanhã logo para poder dar uma abraço nele”, disse, emocionada, ao Metrópoles.

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Jogador deve chegar ao Rio na terça-feira (1°/3)
Kamila Amaral é noiva de Bruno Ernandes
Os dois estão juntos há 3 anos
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Bruno Ernandes deixa a Ucrânia e segue para o Brasil

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Kamila Amaral é noiva de Bruno Ernandes

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Os dois estão juntos há 3 anos

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Bruno atua no time ucraniano Gornyk-Sport. Ele e o também esportista Kleber Juninho conseguiram, através de Wanderson Maranhão – jogador do Chornomorets Odessa -, uma rota de fuga do país.

“O Wanderson entrou em contato com o meu filho e contou que ia cruzar a fronteira mais próxima, que era a de Moldávia. Disse: ‘Eu espero vocês aqui’. Foi a oportunidade dele”, conta Elaine. “Eles saíram para Odessa na sexta à noite, chegaram no sábado. De lá, pegaram um ônibus de mais de 10 horas para a Romênia e chegaram lá ontem.”

Bruno segue da Romênia para Paris e, de lá, sai rumo ao Rio, ainda nesta segunda-feira (28/2), com previsão de chegada na manhã de terça-feira.

Racionamento de comida e medo

Mesmo longe de Kiev, Bruno e Kleber, que estavam em Horishnni Plavni, a 345 km da capital, relataram o medo e a tensão da guerra.

“Os mercados já estavam lotados, com racionamento de alimentos. Cada pessoa só podia comprar um item de cada coisa, para ninguém estocar”, conta Elaine, a partir de relato do filho.

Por meio das redes sociais, Bruno também compartilha o trajeto de volta ao Rio. “Graças a Deus, vamos partir”, disse nesta madrugada, quando ia em direção à Romênia.

“Foram dois sem dormir e sem comer direito. Tinham medo de fechar os olhos e vir uma bomba. É muita tensão”, conta a mãe do jogador. 

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