Dias: Lula pediu que PT não dispute presidências da Câmara e do Senado
Wellington Dias disse que o presidente eleito orientou seu partido a não concorrer aos postos e, assim, facilitar articulação política
atualizado
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O senador eleito Wellington Dias (PT-PI) disse, na noite de segunda-feira (14/11), que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, pediu para o PT não apresentar candidaturas às presidências da Câmara e do Senado em 2023. A eleição interna para as mesas das duas Casas legislativas ocorre em fevereiro.
Lula articula a formação de uma base aliada no Congresso, com acenos à reeleição dos atuais comandantes, deputado Arthur Lira (PP-AL) e senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
“O presidente Lula já pediu para que o Partido dos Trabalhadores discuta uma posição de não apresentar candidaturas às presidências da Câmara e do Senado. Isso é uma medida que pode parecer simplória, mas não é. Ela facilita, ajuda no diálogo”, disse Dias, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. O ex-governador do Piauí é um dos articuladores políticos de Lula.
“Nós temos um presidente do Partido dos Trabalhadores, um vice do Partido Socialista Brasileiro, o PSB. Então, se você tem um partido na presidência de uma Casa, e outro partido na outra Casa, são líderes que dividem responsabilidade. A democracia é isso: é você ter uma partilha, não só no desafio da eleição, mas também depois, dividir responsabilidade”, prosseguiu.
Encerrando sua participação no #RodaViva, Wellington Dias revela pedido de Lula para PT não apresentar candidatura à Presidência da Câmara. pic.twitter.com/gpnHVp8l4K
— Roda Viva (@rodaviva) November 15, 2022
Conforme noticiado pela coluna Guilherme Amado, nos últimos dias, aliados do deputado fizeram chegar ao PT que o alagoano nunca viu Lula como inimigo, mas apenas como adversário na corrida eleitoral deste ano. E que, na presidência da Câmara, não criará obstáculos para pautar matérias consideradas importantes pelo governo.
A avaliação do PT é que o passado mostra que o desgaste da disputa não fez bem ao partido, como quando Eduardo Cunha, então no MDB, derrotou o candidato petista no governo de Dilma Rousseff.
No Senado, o apoio a Pacheco se dá em um contexto de aliança com o PSD de Gilberto Kassab.