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“Dias de terror”, diz vizinha de médico que se masturbava em prédio

Homem foi preso em flagrante ao se masturbar em corredor de condomínio residencial, observando vizinhas. Caso aconteceu no Recife (PE)

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Médico preso em Recife por importunação sexual
1 de 1 Médico preso em Recife por importunação sexual - Foto: Reprodução

Uma das vítimas do médico que foi preso em flagrante por se masturbar no corredor do prédio em que morava, enquanto espiava para dentro dos apartamentos das vizinhas, disse ter vivido “dias de terror”.

De acordo com ela, o homem foi denunciado há cerca de três meses e nada foi feito para coibir o comportamento dele.

“Eu fui vivendo vários dias de terror, porque eu via que nada era feito. Eu achei que a pessoa que era de confiança, o síndico, iria resolver a situação”, disse a mulher ao g1. Ela é vizinha do médico e preferiu não ser identificada.

Conforme o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), o médico foi identificado como Igor José Diniz. Ele é investigado pela Polícia Civil por importunação sexual. O homem foi preso em flagrante na última terça-feira (17/9).

Vídeos ignorados

De acordo com a vítima, o médico se masturbava olhando para dentro da casa dela. Segundo a mulher, ela chegou a filmar o reflexo do homem na televisão, no entanto, as imagens foram consideradas insuficientes para investigar o homem.

“Eu fiz uma gravação pela sombra da minha TV que dava para pegar ele. Você vê que ele estava olhando para o meu apartamento, você vê que ele estava olhando para o apartamento de baixo. Nesse dia, eu liguei para a proprietária do prédio, para o síndico e para a polícia”, contou a vítima.

Ainda de acordo com a mulher, essa primeira denúncia foi feita no mês de junho de 2024, poucos dias após ela perceber comportamentos suspeitos do médico pelo corredor.

“A portaria me interfonou e eu desci para pegar a comida. Quando ele escutou a minha porta abrindo, ele entrou dentro de casa e fechou o apartamento. Quando eu voltei, ele estava [no corredor] com a mão dentro da calça. Ele tirou a mão rapidamente e levantou o joelho para eu não ver [sua genitália]. Ele ficou muito nervoso. De antemão, eu comecei a prestar mais atenção nisso”, disse a vítima.

Ela também contou que o vídeo de Igor Diniz vigiando os apartamentos das mulheres pelo reflexo da televisão foi feito dois dias após ter flagrado o médico com a mão dentro da roupa no corredor pela primeira vez. A polícia chegou a ir ao prédio, mas ele se trancou em seu apartamento.

“Eu sabia que ele estava mal-intencionado, alguma coisa estava acontecendo ali, porque ele passava horas nisso. Eu comecei a me sentir muito ameaçada, porque eu moro sozinha. A polícia tentou, só que a gente não tinha provas. Eu mostrei o vídeo pra polícia, mas só mostra olhando ele olhando para o apartamento”, disse a vizinha.

Após a denúncia, a mulher disse que passou um tempo sem ver o homem no prédio, até que voltou a percebê-lo rondando pelo corredor. Assustada, ela pediu a ajuda de um vizinho para que pudessem criar provas para denunciar o caso novamente à polícia. Junto com outra moradora, eles se organizaram para gravar as imagens utilizadas como prova para a prisão em flagrante.

Importunação sexual

Em nota, a Polícia Militar informou que foi acionada através do 13º Batalhão para uma ocorrência de importunação sexual. Segundo a corporação, os agentes encaminharam os envolvidos para a Central de Plantões da Capital (Ceplanc), no bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife.

Também por meio de nota, a Polícia Civil disse que registrou a prisão em flagrante de um homem de 32 anos por importunação sexual contra uma mulher também de 32 anos. Segundo a corporação, o médico foi detido por testemunhas até a chegada da equipe policial, que o conduziu até a Ceplanc. Lá, ele foi autuado em flagrante e passou por audiência de custódia.

Livre

Após passar por audiência de custódia na quarta-feira (18/9) e pagar fiança no valor de cinco salários mínimos, Igor José Diniz obteve a liberdade provisória, de acordo com o TJPE.

No entanto, ele deve cumprir medidas restritivas que envolvem não retornar ao condomínio, não manter contato com a vítima, não repetir o crime, bem como não se ausentar da cidade em que mora sem autorização da Justiça.

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